sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Heavy Metal em Bagdá
Heavy Metal em Bagdá, documentário exibido durante um festival de cinema em Toronto, Canadá, no início do ano, colocou o Iraque em evidência. Em vez de guerra, o filme destaca a Acrassicauda, única banda de heavy metal do país islâmico. O documentário causou impacto e ajudou a popularizá-la pelo mundo.
Entretanto, os músicos iraquianos não gostaram do “sucesso” nem da exposição gerados pelo documentário. Se sentem mais visados, o que, segundo os próprios, não é bom. Atualmente, tentam sobreviver como refugiados na Turquia, onde insistem em regularizar sua situação.
A Acrassicauda foi formada em 2001 por Tony Aziz (guitarra), Firas al-Latif (baixo), Faisal Talal (voz) e Marwan Riyak (bateria). O quarteto, na faixa dos 24 anos de idade, tem bastante influência do Metallica. O nome “Acrassicauda” foi tirado da espécie do temido escorpião negro.
Embora o Iraque seja um país muçulmano e muito conservador, sua única banda de heavy metal conquistou terreno. Criou um séquito suficiente para animar a gravação de um disco. A banda só não concretizou tal projeto devido à precariedade e à constante ameaça de violenta reação. O disco não saiu nem mesmo com o apoio de jornalistas da revista Vice, que escreveram uma matéria detalhada.
Foi a mesma equipe dessa revista que tentou descobrir o paradeiro do quarteto iraquiano, um ano depois da matéria que publicou. O resultado dessa busca se transformou no documentário Heavy Metal em Bagdá. Os integrantes do Acrassicauda estão em Istambul, Turquia, desde outubro. Tiveram de vender seus instrumentos para garantir uma esquálida condição de vida. Outras informações podem ser conseguidas no site.Por: Henrique Inglez de Souza
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