sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
20º OZZY OSBOURNE
Muita gente há de concordar: Ozzy é a figura mais carismática do heavy metal. O cara foi por anos a voz do Black Sabbath, a banda que criou as bases do gênero. Seu vocal totalmente peculiar, sinistro, difícil até mesmo de ser imitado, deu vida a algumas das músicas que viriam a definir toda a temática do metal, bem como algumas de suas principais características. Sua interação com o público não fica atrás e quem já conferiu o “Madman” ao vivo sabe que mesmo a figura por vezes caricata ou totalmente chapada que subia aos palcos tinha uma capacidade gigantesca de trazer o público na mão. Além de toda a história que construiu ao lado de Iommi, Butler e Ward, Ozzy também construiu uma bela carreira solo, com alguns excelentes discos e sempre se cercando de músicos do mais alto gabarito. Os excessos que se estenderam por tantos anos cobraram um preço muito alto. Aquele que era tido por muitos como o maior representante do heavy metal perdeu demais em termos de potência de voz, afinação, vigor físico e até mesmo capacidade de discernimento. Além disso, acabaria mostrando com os anos um lado totalmente inseguro e influenciável, sobretudo pela esposa. Sua adesão ao mundo “mainstream” e a participação em coisas descartáveis como reality shows pode até deixar uma mancha em sua carreira, mas nada que diminua a importância de seu legado para o metal. Ozzy não apenas ajudou a construir a história do rock pesado, ele é a própria história. Ainda hoje, quando tem dificuldades para cantar e até mesmo se locomover em palco, a sua simples presença consegue gerar uma euforia na audiência que só mesmo caras diferenciados, aqueles que têm alguma coisa que ninguém sabe explicar direito o que é, são capazes de despertar. Ozzy não é apenas mais um artista dentro do universo do metal, ele é ao mesmo tempo a causa e a conseqüência de tudo isso.
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