Jeff Muendel, da revista de música Maximum Ink, do Estado de Wisconsin [EUA], entrevistou recentemente o legendário baixista Geezer Butler (BLACK SABBATH, HEAVEN AND HELL). Alguns trechos desse papo:
Maximum Ink: Vocês compuseram três músicas novas para a nova coletânea, "Black Sabbath: The Dio Years": "The Devil Cried", "Shadow of the Wind" e "Ear in the Wall". O processo de composição foi similar ao que vocês usavam em 1979?
Butler: “Na verdade, foi completamente diferente. Tony [Iommi] encontrou-se com a banda de Ronnie [James Dio] em 2005. Eles conversaram e fizeram umas jams para lembrar os velhos tempos; aí a gravadora envolveu-se no projeto. Eles começaram perguntando se tínhamos algum material inédito, mas não tínhamos. Então eu me juntei a eles e essas músicas começaram a ser compostas a partir daquele momento”.
Maximum Ink: A banda escolheu as faixas do novo CD?
Butler: “Deixamos isso para a gravadora. Se tivéssemos tentado, você sabe, nunca teríamos conseguido chegar a uma lista final. Cada um de nós teria uma lista diferente. Então quisemos uma escolha neutra, que foi a da gravadora. Ficamos bastante satisfeitos. É uma lista bem representativa, eu acho”.
Maximum Ink: Tenho certeza de que você se lembra que, em 1980, houve um tumulto em Milwaukee [Wisconsin] durante um show do BLACK SABBATH durante a Era Dio [Nota: na ocasião, Geezer levou uma garrafada na cabeça, e a banda teve que se retirar depois de tocar apenas duas músicas]. Aquele incidente afetou a decisão do SABBATH de tocar em Milwaukee?
Butler: “Não, aquilo não afetou a nossa decisão de tocar em Milwaukee, nem um pouco. Bem, em algum lugar sempre pode haver alguns idiotas, certo?”.
Maximum Ink: Todos nós aqui de Wisconsin pedimos desculpas pelo comportamento daquele idiota…
Butler: “Bem, obrigado. Mas isso poderia ter acontecido em qualquer lugar”.
Maximum Ink: Você se lembra de detalhes do incidente?
Butler: “Na verdade, tudo foi um grande mal-entendido. Primeiramente as luzes se apagaram, então, a menos que o cara fosse um incrível lançador, não sei como ele poderia ter me atingido de propósito. Mas eu apaguei e a banda teve trabalho para me tirar do palco e levar pra um hospital. Quando as luzes se acenderam, a banda não estava mais no palco. E aí, é claro, a platéia ficou furiosa. Alguém poderia ter ido lá e explicado – o promotor, ou qualquer outra pessoa. O problema era que a banda estava preocupada em me levar pra um hospital, entende? Então a multidão ficou furiosa porque, de repente, não havia banda nenhuma no palco e depois as coisas só pioraram”.
Maximum Ink: Alguma coisa parecida aconteceu em algum outro lugar?
Butler: “As coisas eram piores nos anos 70, porque ninguém passava por detectores de metal e não tinha tanto espaço entre a banda e a platéia como há hoje em dia. As pessoas jogavam muitas latas de cerveja nos anos 70. Uma vez, em São Francisco, alguém jogou uma cruz de ferro enorme no palco. A cruz quicou, cortou três cordas do meu baixo e a ponta acertou meu olho. Por sorte não fiquei cego. Mas foi um incidente incrível”.
Leia a entrevista completa (em inglês) no maximumink.com.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário