Guitarrista do Rush comenta sobre produtores

Reportagem de Martin Popoff, publicada no Brave Words:

O primeiro álbum em cinco anos do RUSH está a menos de duas duas semanas de ser lançado: "Snakes & Arros", programado para estar nas lojas no dia 1º de maio, que será seguido de uma gigante turnê mundial.

O guitarrista Alex Lifeson comentou sobre o trabalho com o produtor Nick Raskulinecz:

"Acho que tínhamos umas cinco músicas quando o Nick apareceu. Nós entramos em contato com vários produtores diferentes, e estávamos falando particularmente com um naquele tempo - mas, um monte de gente desse tipo precisa de atenção, caras como Bob Rock e Rick Rubin, que estavam na nossa lista. Na verdade, o Nick ouviu sobre o projeto pelo Rick. E, claro, um cara como o Rick já tem agenda pré-programada, e não poderia participar do projeto em 10 meses ou algo por aí. Então o Nick entrou em contato conosco, e propôs aparecer para conversar. Naquela época não sabíamos com quem iríamos trabalhar, se é que de fato trabalharíamos com alguém; talvez nós mesmos cuidássemos da coisa com o auxílio de Rick Chycik. Então o Nick apareceu em maio do ano passado, depois de passarmos algum tempo no estúdio conversando e fazendo ele se apressar para terminar os arranjos e músicas e tudo aquilo. Nós encontramos o Nick, nos sentamos e falamos sobre várias coisas... construção da música, composição, o valor do refrão, todas essas coisas, além de falarmos da guerra no Iraque, família e tudo mais. Nós realmente tínhamos que conhecê-lo. E ele estava tão entusiasmado e dizia todas as coisas certas. E ele é jovem, e tinha feito vários trabalhos diferentes, bastante material pesado como o FOO FIGHTERS, que é ao meu ver, bem, bem pesado. E nós simplesmente achamos que poderíamos aproveitar a sua juventude e tudo que ele estava dizendo".

(Sobre o já mencionado Bob Rock, que estava na lista da banda, assim como Brian Eno)

"São completamente diferentes. Brian Eno era uma escolha muito interessante para nós porque teria sido algo totalmente diferente. E isso é mais ou menos o que procurávamos. Essa é a excitação de trabalhar com um cara novo, especialmente com alguém como ele. Nós já sabemos o que queremos fazer com o disco, o direcionamento e todo esse tipo de coisa. O que é um pouco diferente de um produtor que toma controle de todo o projeto. Ter um cara como Brian Eno nos levaria a uma área totalmente diferente, e traria luz à nossa consciência coisas das quais nem consideraríamos. E é muito interessante trabalhar as coisas dessa forma. O Bob também é um produtor bastante qualificado, ele fez trabalhos muito bons, e coisas bem diferentes. Você sabe, muitos desses caras são seletivos em relação ao tipo de trabalho que eles vão ter, e o seu tempo para trabalhar, especialmente se tiverem família grande. Muitos desses caras, gastam muito tempo fazendo um disco. E o Nick não parecia ser esse tipo de pessoa. As coisas iam acontecer muito mais rápido. Ele é muito mais energético".