sexta-feira, 8 de junho de 2007
Dance of Death - Iron Maiden
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Por Diego Cataldo
Lançado em Setembro de 2003, Dance of Death veio ao mundo para tentar superar seu antecessor, Brave New World, aclamado mundialmente pelos fãs e pela crítica. Conseguiu? Para muitos sim, para outros não e algumas pessoas ainda não chegaram a uma conclusão (incluindo esse que vos escreve).
Gravado no Sarm West Studios, em Londres, produzido por Kevin Shirley e co-produzido por Steve Harris, Dance of Death traz uma sonoridade mais crua que seus antecessores, o que acentuou o peso de composições que apresentam uma certa atmosfera progressiva.
Wildest Dreams é a típica faixa de abertura para um Cd da banda. Direta, sem frescuras, Rock ‘N Roll ’80 e com umas linhas legais de baixo. Seu refrão “I’m on my way, out on my own again” gruda de imediato. Bom começo.
Rainmaker vem na seqüência com um ar mais suave. Pois é uma composição simples sem muitas enrolações tanto em riffs quanto em letra. As lindas frases de guitarra que abrem a música deixam o ouvinte relaxados e os solos são bem executados.
No More Lies é a única composição “solo” de Steve Harris. Com um começo tranqüilo apenas com alguns links de guitarra a música cresce no refrão e segue numa típica levada de rock. O grande destaque mais uma vez fica por conta dos lindos solos.
Montségur é bem pesada e numa aula de História a banda conta sobre a tomada de Monstségur(Monte Seguro) na França pelos Cavaleiros Templários em 1243, mais de 200 pessoas na ocasião foram mortas em fogueiras. Voltando a música, ela apresenta uns riffs bem pesados e durante o refrão Bruce canta em tons altíssimos acompanhado de boas melodias.
A faixa titulo Dance of Death nos faz realmente pensar que estamos dançando com a morte. O inico com “Let me tell you a story to chill the bones…” é realmente de “arrepiar os ossos” e segue com o relato de um pesadalo. Falando da parte instrumental, os riffs aliados a orquestrações lembram as músicas que eram tocadas em festas que ocorriam nas Cortes em séculos passados (e isso fica mais explicito no DVD, onde Bruce a canta usando uma máscara e um capa comuns nessas festas). O groove também me fez lembrar da música Powerslave (a música em si não tem nada haver com a outra). Mas é preciso ouvi-la varias vezes para se entender a proposta.
Gates of Tomorrow também é uma faixa simples sem nada de grandioso mas pela simplicidade ficou agradável, apesar de o refrão ser repetido varias vezes ficando um pouco massante.
New Frontier é a primeira canção que conta com a participação de McBrain na composição depois de mais de 20 anos na banda. Muitas pessoas ficaram surpresas e eu fiquei mais surpreso ainda depois de saber que a participação de Nicko foi grande (a estrutura principal da música foi ele que criou e a banda trabalhou em cima dessa estrutura). E que bela canção! Rápida, sem firulas do jeito que os fãs gostam.
Paschendale já é um clássico! Talvez a melhor canção no período pós anos 90 e que pra mim faz frente aos clássicos dos anos 80. Falando da música em si mais uma vez é abordado o assunto sobre a guerra. E ouvindo a música é fácil imaginar-se no meio de um bombardeio, sangue, lama e soldados mortos. Composta pela dupla Harris/Smith essa é com certeza a melhor do álbum. Os Riffs são pesadíssimos o trabalho de Nicko na bateria é fantástico e é também a melhor performance de Bruce em todo álbum. Tudo é perfeito. Era a música mais esperada nos shows que continham todo aquele lado teatral que a banda faz e bem. Perfeita!
Face in the Sand é uma boa composição com destaques pra Nicko que toca seu bumbo de maneira rápida dando a impressão de há dois bumbos. E também para Bruce que mais uma vez abusa dos tons altos e que algumas vezes soam estranhos.
Age of Innocence pra mim a música mais fraca de todo álbum. Sem graça, a música não tem grandes momentos e nada que chame a atenção do ouvinte. Totalmente dispensável.
Em Journeyman a banda ousa e apresenta uma composição totalmente acústica. A principio ela seria numa versão semi-acustica, mas Harris não gostou muito e resolveu deixa-la totalmente acústica e acertou na escolha. Uma levada tranqüila que agradará a alguns e desagradará aos mais radicais (que ainda insistem na palhaçada de que a banda ouse mais, e ouse como em 82 e faça um novo The Number... isso ae não é ousar em lugar nenhum). Mas para os fã que entendem o que a banda faz hoje em dia realmente será uma grata surpresa e fecha o álbum bem.
Um disco que apesar de conter uma produção fraca não deixa nada a desejar. Tirando a Age of Innocence o álbum beira a perfeição. Muito se comentou da capa que é horrível com desenhos tortos e mal feitos, mas o Eddie se salva. Os fãs mais antigo como era de se esperar torceram o nariz enquanto a moleca diz ser o melhor desde Seventh Son. É tudo questão de gosto, ouça e tire suas próprias conclusões.
NOTA: 10
Track List:
1 – Wildest Dreams (Smith/Harris)
2 – Rainmaker (Murray/Harris/Dickinson)
3 – No More Lies (Harris)
4 – Montségur (Gers/Harris/Dickinson)
5 – Dance of Death (Gers/Harris)
6 – Gates of Tomorrow (Gers/Harris/Dickinson)
7 – New Frontier (McBrain/Smith/Dickinson)
8 – Paschendale (Smith/Harris)
9 – Face in the Sand (Smith/Harris/Dickinson)
10 – Age of Innocence (Murray/Harris)
11 – Journeyman (Smith/Harris/Dickinson)
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