sexta-feira, 16 de março de 2007
The Lizards - Against All Odds
Tivesse tido a felicidade de ter ouvido este disco no ano de seu lançamento (2006) com certeza teria entrado na minha lista de melhores do ano. The Lizards é uma banda muito pouco conhecida, mas que faz um som fantástico nos remetendo ao que já houve de melhor na história do Rock.
Dentre os integrantes os nomes mais conhecidos são o do veterano da bateria Bob Rondinelli (Rainbow/Black Sabbath) e o do jovem vocalista Mike DiMeo (Riot) recentemente incorporado ao Masterplan. Mas tanto Randy Pratt (baixo) quanto Patrick Klein (guitarra) não deixam nada a desejar, muito pelo contrário, mostram muito talento e destreza. Há ainda a presença de um convidado ilustre, o grande Glenn Hughes (Trapeze/Deep Purple/Black Sabbath) com seu vocal de brilho inconfundível.
Se você assim como eu é apreciador do Rock Clássico de bandas como Deep Purple, Led Zeppelin, Humble Pie, Trapeze, Cactus, Bad Company, Montrose, Rush, AC/DC , Mountain, Grand Funk e muitas outras, tenho certeza que irá se
encantar com esse disco.
"I'm No Good" abre o disco nos remetendo diretamente ao Badlands, que foi uma banda que no início dos anos 90 trouxe uma proposta retrô muito feliz e os vocais de DiMeo em alguns momentos realmente lembram o finado Ray Gillen.
"Can't Fool Myself" é um verdadeiro "esculacho". Musica vibrante e sofisticada que não deixa a desejar em nada aos grandes clássicos dos anos 70. Tem uma levada que lembra um pouco dos melhores momentos de coisas como DEEP PURPLE (a batera lembra em alguns momentos "You Fool No One" e o teclado hammond é puro Jon Lord, enquanto alguns riffs de guitarra nos remetentem a músicas como "Pictures Of Home"), Carlos Santana (com linhas de baixo bem características daquelas jams) e Trapeze (riffs e licks com aquele groove do Mel Galley).
"On A Wire" é a primeira com a participação de Glenn Hughes e traz aquela sonoridade funk característica de seus trabalhos. Interessantes são algumas passagens de sonoridade mais sinistras, estilo Black Sabbath.
"My Dark Angel" traz um lamento de sonoridade mais "moderna", com uma atuação soberba de DiMeo. Uma música cheia de alternâncias de climas. Grande som.
"Bad Luck Is Come To Town" traz riffs eletrizantes, com muito groove. Bob Rondinelli destrói na bateria.
A delicada e suave "Revelation No. 9" mostra mais uma vez porque Glenn Hughes é o mestre dos mestres, pois sua interpretação emociona e impressiona pela sensibilidade em dosar todo o seu imenso potencial vocal, aplicado aqui na
medida certa. DiMeo está no caminho certo, aprendendo com quem realmente entende do riscado. Destaque também para os ótimos pianos e arranjos de cordas, além de um solo pegajoso de guitarra feito por Klein, num estilo Brian May (Queen).
"Up The Stairs" é outra que traz Glenn Hughes em grande forma com todo aquele clima Soul, trazendo arranjos de metais (sopro) e linhas de baixo bem marcantes. Uma bela reverência ao som de James Brown e George Clinton.
Os Lizards conseguiram fazer um disco recheado de grandes sons, contando com músicas muito bem trabalhadas e com variação de sonoridades e rítmos. Um disco bem completo que faz valer a pena a audição de cada segundo.
Mike DiMeo - Vocals and Keyboards
Bob Rondinelli - Drums
Randy Pratt - Bass
Patrick Klein - Guitar
01-I'm No Good
02-Can't Fool Myself
03-On A Wire(With Glenn Hughes)
04-Planck Time
05-Ariel
06-My Dark Angel
07-Bad Luck Is Come To Town
08-Revelation No. 9(With Glenn Hughes)
09-Take The Fall(With Glenn Hughes)
10-Up The Stairs(With Glenn Hughes)
11-Eleven
12-The Arrival Of Lyla
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