sexta-feira, 8 de junho de 2007

Domino Effect - Gotthard






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Por Tomas Gouveia

Eis que chega ao mercado o substituto do elogiado Lipservice dos suíços do Gotthard.

A expectativa, dada a qualidade do álbum anterior é grande, ainda mais depois da passagem da banda em nossas terras em outubro do ano passado no Live ´N´ Louder, onde acabou ganhando uma legião de fãs (este mesmo que vos escreve só foi descobrir a banda durante o show do ano passado).

O álbum abre com MASTER OF ILLUSION e o seu clima para cima. Hardão na cara, feito para abrir shows, e colocar muitos a pularem. Música esta que termina com um bom solo de teclado.

Na seqüência vem GONE TOO FAR e o seu riff Blackmoriano que parece ter saído dos álbuns do DEEP PURPLE da década de 80. Música forte, com uma paradinha cadenciada e a primeira demonstração de bom gosto do guitarrista Leo Leoni na composição do riff de guitarra.

DOMINO EFFECT, a música título, chega com mais um riff inspiradíssimo de Leo e um refrão levanta-defunto que Steve Lee sabe como ninguém encaixar em sua voz.

A primeira baladinha, bem honesta, chega em seguida e se chama FALLING. Difere das demais por ter um começo marcado por uma bateria quase que marcial.

Agora sim, THE CALL, outra baladinha, desta vez bem mela-cueca, com um potencial enorme para hit, naquele famoso esquema verso refrão verso refrão com direito a solinho de penhasco no meio e tudo mais. O momento onde certamente serão acesos os isqueiros na platéia (na verdade hoje, os celulares).

THE OSCAR GOES TO YOU vem depois quase que como uma continuação de Anytime Anywhere do álbum anterior, pela similaridade dos riffs, sendo que o pré-refrão e refrão tem um clima bem AOR, com uma basezinha de teclado muito bem encaixada, seguidos de um belo solo de Leo Leoni.

THE CRUISER (JUDGEMENT DAY) é o típico hard do começo dos anos 90, da levada de bateria ao riff de guitarra: cru e direto, mas não desprovido de qualidade.

HEAL ME que vem em seguida. Propositalmente ou não, é muito parecida do riff, à base do refrão com Ballbreaker do AC/DC. Mas excluindo as comparações, um ótimo som.

LETTER TO A FRIEND chega em seguida e pelo nome, não poderia ser diferente, outra baladinha! Mas saindo do clima hard e caindo numa base meio melancólica como Alice Cooper costuma fazer. E ainda com um ótimo solo, baladeiro, mas sujo de Leo Leoni.

TOMORROW´S JUST BEGUN é a típica música dispensável. Baladinha apagada, um Poison num momento menos inspirado.

Me pergunto se é realmente necessária mais uma balada para o pacote, com as três citadas anteriormente?

COME ALIVE chega com o seu riff alternando o talkbox de Leo Leoni e o órgão Hammond muito bem encaixado pelo tecladista convidado. Também foi muito feliz nessa música o refrão onde o vocal principal foi extremamente trabalhado com os backings.

BAD TO THE BONE (que não é aquela do George Thorogood) vem em seguida com mais talkbox (Richie Sambora fazendo escola) e uma levada na linha do Aerosmith.

NOW, um hard heavy vigoroso na linha do que bandas como Helloween e EDGUY fazem quando se arrriscam por esses lados. Refrão poderoso e um ótimo solo de guitarra.

WHERE´S LOVE WHEN IT´S GO é uma balada (mais uma?) dispensável, tão apagada quanto a citada alguns parágrafos acima.

Comparando o álbum com o Lipservice afirmo que este me agradou mais, apesar da quantidade enorme de baladas.

Sim, o anterior era uma máquina de hits, já imortalizados no DVD Made In Switzerland, mas que podem muito bem com o tempo serem substituídos pelos sons presentes neste novo trabalho.

As inserções de teclado deste álbum estão melhor encaixadas, assim como os solos de Leo Leoni, maiores e menos “popozos” que no Lipservice, e um Steve Lee definitivamente com a sua voz entre as maiores do hard atual, se livrando por completo das comparações com Coverdale, Eric Martin, Paul Rodgers, e outros inúmeros vocalistas.

Mais informações: Engº Headbanger

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