sexta-feira, 8 de junho de 2007

Humanity Hour 1 - Scorpions-2007


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Por André Camargo Rodrigues

Scorpions - Humanity Hour 1 Review

Primeiro este CD é diferente do Unbreakable, portanto não é tão simples de ser analisado. O Unbreakable foi um retorno ao Hard Rock e naquela época o SCORPIONS fez o básico para não errar. O Unbreakable é um disco rico em Riffs, mas muito pobre na produção. Poucos solos, desperdício levando em conta Matthias Jabs que é um excelente guitarrista solo. O Humanity, pelo contrário é super produzido. Quando soube que Desmond Child iria produzir este disco chorei, pois este cara é um hitmaker e o SCORPIONS precisava se distanciar deste tipo de música comercial e manter-se dentro do Hard Rock. Mas este indivíduo calou minha boca, mas repito, ele jamais terá meu respeito rsrsrs.

Vamos ao disco, música por música:

1. Hour 1: Comecei gostar de SCORPIONS por volta de 1993, com o álbum Face The Heat e esta música me lembra muito este disco. Poderia estar nele sem problemas. Inicia apenas com bateria e logo entra os riffs executados pelo Rudolf. Excelente vocal e melodia. Um bom solo do Matthias, aliás, não ouvia um como este desde o álbum Pure Instinct (1996). Música bem heavy e bem pouco comercial.

2. The Game Of Life: Esta música no primeiro segundo me leva aos álbuns clássicos dos Scorpions. Excelente riff seguido de um solo intro. Boa melodia, bons vocais, gruda um pouco na cabeça, mas com um solo muito simples (único ponto negativo dela). Provavelmente no show esta música deve ficar maravilhosa, mas ficou devendo no solo.

3. We Were Born To Fly: Infelizmente esta música não é boa, não que seja ruim, mas muito aquém do resto do disco. Solo medíocre executado em cima de bends. Ela é muito repetitiva, provavelmente a melhor música para rádios de hoje em dia... rsrsrs.

4. The Future Never Dies: Primeira balada do disco e que balada. Começa com teclados e muito lenta, mas aos poucos progride em um refrão forte, melódico e pesado. Excelente solo, apesar de muito curto. Esta música me leva aos anos setenta quando o mestre Uli Jon Roth ainda estava na banda. Como Klaus Meine cantou nesta música???

5. You're Lovin' Me To Death: Hard Rock no melhor estilo Scorpions, bons riffs, bom verso e refrão, Klaus Meine em boa forma apesar dos quase 60 anos. Solo novamente muito curto, mas com uma excelente progressão melódica. SCORPIONS tradicional, apenas com as guitarras mais graves (característica do álbum inteiro).

6. 321: O que eu disse para “You're Lovin' Me To Death” repito para esta, apesar desta possuir mais peso e um solo muito melhor e mais elaborado. Musica bem heavy rock e excelente para shows. Talvez a melhor música do disco (cada vez que escuto o disco mudo de opinião quanto a melhor).

7. Love Will Keep Us Alive: Música digna de FM... gostaria que a música “Cold” estivesse no álbum no lugar desta faixa ou “We Were Born To Fly”, mas como não está vamos falar sobre ela. Excelente melodia, bem estruturada, bom vocal, solo pobre, mas o principal, definitivamente esta música não é uma música dos Scorpions, só ouvindo para compreender, não é uma faixa ruim, mas não é Scorpions...

8. We Will Rise Again: Esta faixa alterna momentos bem heavy com passagens lentas. É uma música bem interessante. Bom solo e excelentes riffs. Uma música muita bem cadenciada, vale a pena ouvir para entender o que quero dizer. Inovadora para a banda, alguns vão torcer o nariz, eu gostei.

9. Your Last Song: Excelente balada no estilo Scorpions. Música com uma melodia muito bela e com a assinatura característica da banda em baladas. Não está no mesmo nível da “The Future Never Dies”, mas ainda sim é uma boa música.

10. Love Is War: Outra música que me impressionou. Não é pesada e nem é leve, é mais cadenciada e arrastada. Novamente sinto que estou ouvindo uma música da década de setenta, talvez Rainbow ou Whitesnake ou SCORPIONS rsrsrs.

11. The Cross: Esta música me causou medo, pois li na internet que Billy Corgan do Smashing Pumpkins participava da música. Sorte que este indivíduo não estragou nada com a falta de talento dele. É uma música bem SCORPIONS com Billy Corgan fazendo um backing vocal em determinado momento da música sem estragar nada. Termina com Jabs “fritando” a guitarra como nos bons tempos. Outra música bem heavy.

12. Humanity: Esta música foi o primeiro single do disco. Ela conecta a década de 80 com a atualidade. Música boa, mas sem muito o que dizer. Começa leve e ganha corpo no refrão, uma power ballad comum. Solo muito simples e longe de ser o melhor que o Matthias pode fazer. Música radiofônica, mas boa.

De modo geral é um ótimo disco, Klaus Meine fazendo o melhor com seu vocal bem característico (apesar da idade já pesar e os tons mais altos estarem cada vez mais distantes, ele canta mais do que toda nova safra de vocalistas do rock em geral). Rudolf e Matthias provando porque são eternizados como uma das melhores duplas de guitarra da história do Heavy Rock apesar de abusarem de afinações mais baixas no disco inteiro. Vale ressaltar duas coisas: primeiro a positiva, James Kottak e Pawel Maciwoda fizeram um trabalho muito competente fazendo com que a cozinha aparecesse como poucas vezes na carreira dos Scorpions. A negativa, as composições não seguiram a tradição de serem escritas pelo time Meine/Schenker pela primeira vez desde 1972. As letras são boas e abordam temas cotidianos da Humanidade (Não Diga!!!), mas é possível notar que o conceito foi concebido pelo Desmond Child e desenvolvido com os membros dos SCORPIONS . Está muito longe de ser um Blackout, mas mesmo assim provavelmente será o melhor disco de Hard Rock do ano.

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