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Por Iron Corpse
Seminal, extraordinário, transcendental: eis descritos alguns dos mais dignos atributos direcionados ao mago do Heavy Metal que atende pela sugestiva alcunha Dio (qualquer alusão a Deus aqui é mera coincidência). Pois bem, RONNIE JAMES DIO é tido, por muitos, como o maior vocalista de Heavy Metal de todos os tempos, ao lado de titãs de similar genialidade, tais como Bruce Dickinson, Rob Halford, Ian Gillan, dentre outros figurantes neste seleto grupo, além de ser detentor de um talento impar no tocante às composições. Após carreira desprovida de sucesso em termos comerciais e de exposição de mídia em sua primeira banda intitulada Elf ainda nos anos 70, o baixinho se consolidou no “mercado” em duas das tidas maiores bandas na história do Hard Rock/Heavy Metal: refiro-me a Rainbow e Black Sabbath. Sua passagem marcante na primeira lhe rendeu o irrecusável convite para ingressar à maior instituição metálica já concebida por este planeta, o colossal Black Sabbath, e, faz-se pertinente ressalva de reluzente destaque: ele viria a substituir, nada mais nada menos, Ozzy Osbourne, a maior lenda viva no que se refere a Rock pesado. Participou de dois trabalhos de estúdio com o Sabbath, além de um ao vivo, sendo que o full “Heaven And Hell”, lançado em 1980, é aclamado por muitos, até hoje, como um dos mais expressivos opus em benefício do Rock e Metal: irrefutavelmente, trata-se de uma obra-prima. Pois, avante, egresso do Black Sabbath, Dio envereda pela carreira solo e, inicia-na em grande estilo: seu álbum debutante, “Holy Diver”, lançado ao ano de 1983, é certamente o mais marcante de toda sua extensa carreira solo que, até hoje, persiste, intacta e regada a sua peculiar genialidade. Em “Holy Diver”, Dio desfere uma musicalidade que transita, de maneira soberba, entre o Hard Rock e o Heavy Metal, sendo este último, a modalidade predominante em quase todo o decorrer das músicas. Para tanto, o vocalista escalou músicos de exímias habilidade e competência: as baquetas foram regidas pelo vigoroso Vinny Appice; o baixo ficara a cargo de Jimmy Bain, bem como ocasionais passagens de teclado; e por fim, no posto de guitarrista, o refinado Vivian Campbell, um dos mais louvados guitarristas de todos os tempos, além de ostentar o título de melhor em seu ofício dentre os que tiveram o imenso privilégio de tocar pela banda de Dio. Deparamos-nos, em demasia, com riffs sublimes exalados das seis cordas transbordantes de feeling, garra e técnica por parte de Campbell, bem como seus solos inesquecíveis (destaque para o de “Don’t Talk To Strangers”). O baixo e a bateria sempre presentes, marcantes e intactos (notem a condução e ênfase do instrumento em faixas como “Caught In The Middle” e “Shame On The Night”, algo, no mínimo, sensacional). Quanto às linhas vocais de Dio, estas, dispensam comentários: o cara é simplesmente um dos mais extraordinários vocalistas de todos os tempos, promovendo uma intersecção magistral constituinte de agressividade e eminente alcance de tons. Destaque(s) do álbum? Bem, Dio é um exímio compositor e, considerando que este é o mais difundido e venerado petardo de sua gloriosa carreira, não posso direcionar ao álbum como um todo outros atributos que não sejam: sublime, extraordinário e perfeito. Dio é, sem quaisquer resquícios de dúvidas, um dos mais bem sucedidos e talentosos artistas no meio Heavy Metal e, “Holy Diver” representa seu ápice em termos de criatividade e genialidade. HAIL DIO ! ! !
sexta-feira, 8 de junho de 2007
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