sexta-feira, 8 de junho de 2007

No Prayer For The Dying - Iron Maiden




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Por Diego Cataldo

Com a saída de Adrian Smith da banda em ’90, pois este não se sentia bem com a proposta de “um retorno às raízes”, Janick Gears, que havia trabalhado com Bruce Dickinson em seu disco solo, Tattooed Millinaire, é chamado para o posto de novo guitarrista da banda. Como o estúdio móvel já havia sido locado e levado ao Barnyard Studios (estúdio analógico da casa de Steve Harris, onde a banda costumava ensaiar) Janick Gears passou a ensaiar as músicas pela manhã, e fazer as gravações no período da tarde. Novamente trabalhando com o produtor Martin Birch, o álbum estava totalmente pronto em apenas três semanas. O curto período de gravação, mixagem e produção do álbum, refletiu diretamente na sua sonoridade, fazendo com que No Prayer For The Dying soasse como se tivesse sido gravado em um show ao vivo, sem uma platéia, atingindo assim a proposta inicial do trabalho, e não podeira ter saído mais cru e direto.

No Prayer... É um álbum odiado por muitos e amado por muitos outros. Muitos reclamam que o álbum é cru demais e que Bruce esta cantando em tons mais ‘rasgados’. O problema é que os fãs do Maiden nunca estão satisfeitos com nada, sempre reclamam. Porém tais características citadas acima é o que faz esse álbum ser amado por muitos. Faixas como Run Silent, Run Deep, a própria faixa-titulo No Prayer For The Dying (e mais emocionante ainda é ouvir ela ao vivo com Bruce errando a letra), Mother Russia (clássico absoluto, uma pena nunca ter sido tocada ao vivo) e a divertidíssima Holy Smoke ( uma verdadeira sátira aos programas religiosos da TV) estão entre os clássicos da banda. Vale citar que Holy Smoke foi o primeiro single a ser lançado, entrando diretamente no Top Ten Inglês tornando-se um grande hit, tendo seu hilário videoclipe, gravado na casa de Steve Harris, entre os mais pedidos na MTV de todo o mundo, menos nos Estados Unidos que não aceitou bem a brincadeira.

Outras faixas em destaque são Tailgunner, Public Enema Number One e Hooks in You (única composta por Adrian Smith) e Bring Your Daughter... To The Slaughter, que inicialmente foi gravada por Bruce Dickinson para integrar a trilha sonora do filme “Pesadelo em Elm Street” com o ‘serial killer’ Freedy Krueger, mas a banda gostou tanto do resultado final que Steve Harris o disse que ela seria usada em um álbum da Donzela. Tal noticia deixou Bruce tão feliz que o mesmo nem se importou em deixá-la fora de seu álbum solo. Levemente alterada (a versão original pode ser conferida no raríssimo disco da trilha sonora do filme) Bring Your Daughter... To The Slaughter, chegou ao primeiro lugar nas paradas do Reino Unido, fato inédito para a uma música da Donzela, tornando-se assim mais um grande clássico.

O álbum pode ser a melhor coisa que a banda já fez, mas esta longe e muito de ser a pior. Amado por uns e odiado por outros, No Prayer... Talvez seja o álbum mais controverso da banda e até hoje é muito falado entre os fãs, seja defendendo ou questionando. Mas é mais uma vez questão de gosto, quem gosta escuta sempre (como eu, por exemplo) e quem não gosta deixa la guardadinho só pra coleção não ficar incompleta.

Nota: 9,0

Track List:
1 – Tailgunner (Harris/Dickinson)
2 – Holy Smoke (Harris/Dickinson)
3 – No Prayer For The Dying (Harris)
4 – Public Enema Number One (Murray/Dickinson)
5 – Fates Warning (Murray/Harris)
6 – The Assassin (Harris)
7 – Run Silent, Run Deep (Harris/Dickinson)
8 – Hooks In You (Dickinson/Smith)
9 – Bring Your Daughter… To The Slaughter (Dickinson)
10 – Mother Russia (Harris)

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