domingo, 28 de janeiro de 2007

Dreamtide Escute é um bom som.




Após ter conhecido a banda alemã de Hard Rock Dreamtide ouvindo o disco “Here Comes The Flood”, lançado em 2001, criei uma expectativa imensa na minha cabeça. Uma banda que havia me cativado muito, por fazer um som tão bem feito, com melodias maravilhosas e com bons experimentos, teria a difícil tarefa de lançar um álbum tão bom quanto o primeiro (álbum a que esse redator que vos escreve deu nota máxima no ano de lançamento). Ao colocar o segundo CD da banda para rodar, descobri que o Dreamtide não fez um disco tão bom quanto o primeiro... fez algo melhor!

A primeira coisa que dá para notar é que o Dreamtide está um pouco mais pesado do que no primeiro álbum. A guitarra está com um timbre mais pesado, os riffs às vezes soam como heavy, porém Helge não abandonou aquele estilão original de fazer solos com sua guitarra com muito mais “casas” do que o tradicional - estilo que o consagrou no Fair Warning.

As duas primeiras faixas do disco, “Dream Real” e “Live and Let Live” seguem a mesma fórmula: começo cadenciado, ponte marcante e refrão “grudento”. Parece que eles não perderam a capacidade de criar melodias que grudam na cabeça com facilidade. Aliás, a terceira faixa, “I’ll Be Moving On” é talvez a composição mais bonita que a banda já fez. É difícil tentar explicar com palavras, mas a interpretação de Olaf Senkbeil (vocal) no refrão é algo no mínimo impressionante. Quem curte um som melódico não consegue ouvir essa música e não soltar um sorriso de satisfação ao ouvir o refrão...

Como tradição, o álbum conta com uma balada marcante, desta vez, “All Of My Dreams” assume esse papel e não decepciona. Nas faixas “Man On A Mission” e “Eden”, dá para notar bem os experimentos que o Dreamtide já havia ousado a fazer no primeiro disco... com alguns samples eletrônicos de background a faixa “Man On A Mission” surpreende e não fica estranha para ouvidos mais radicais, porém a faixa “Eden” é sem dúvida a mais original. Com muitos elementos musicais do Oriente Médio, o ouvinte pode até estranhar na primeira audiência, mas o som acaba agradando depois... é talvez uma das faixas mais interessantes do disco, pois não existem apenas elementos de fundo, a melodia da música, o vocal segue toda essa linha, com destaque para o ótimo trabalho de Behrens na bateria.

Apesar de fazer um hard rock “moderno”, em algumas faixas, o Dreamtide consegue soar como aquelas bandas de Hard dos anos 80. Músicas como “Out There” e “You Can’t Burn My Heart” resgatam o espírito oitentista, que ainda agrada muitos fãs por todos os lugares.

Se você está em dúvidas em qual álbum comprar para o fim de férias, “Dreams For The Daring” é uma compra certa... você pode começar a ouvir o disco a partir de qualquer faixa e toda vez vai ter a certeza de estar escutando a melhor música do álbum... e se durante o dia você se pegar cantarolando um refrão do Dreamtide, não se assuste, esse é o efeito que a banda exerce.

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