sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Ex Scorpions comenta saída de Uli Jon Roth


O site Metal Rules conduziu uma entrevista com o ex-baixista do SCORPIONS, Francis Buchholz, que está atualmente em uma turnê com o “antigo amigo e companheiro, também ex-membro do Scorpions” Uli Jon Roth. O texto a seguir é um trecho da matéria, que foi conduzida por Marko Syrjäl&a:

Em poucas palavras, você poderia dizer a melhor e a pior coisa em fazer parte do Scorpions? “Nós tivemos tantos momentos maravilhosos que eu não posso dizer que um ou outro foi o melhor. É claro que o Peace Music Festival, em Moscou, foi um grande dia, um grande momento, mas também houve outros shows, nós fizemos tantos grandes shows! Centenas deles ... As vezes, em lugares apertados em pequenas cidades você faz um grande show, daí, ao novamente voltar ao lugar grande, que é muito importante, você tem todas aquelas pessoas, muita pressão e não consegue tocar bem daquele jeito, entende? Eu prefiro tocar bem e não me preocupar sobre os negócios, enfim, eu realmente não consigo dizer qual é o melhor ou qual o pior show que fiz com o Scorpions.”

Qual a turnê do Scorpions do qual mais gostou? “Vou te dizer uma coisa, para mim, quando eu toco bem, fico muito feliz, me sinto ótimo. Quando eu toco mal, que acontece as vezes, ou quando eu toco 5% a menos do que eu sei que posso eu penso que o show foi uma porcaria, mesmo que todo mundo esteja falando o contrário".

Quando vocês fizeram o album "World Wide Live", não tocaram nada antigo, da década de 70. Qual o motivo? “Porque quando Uli deixou a banda, ninguém poderia tocar as músicas que ele tocava, então nós não as tocamos!"

Ainda sobre a saída do Uli. Depois que isso aconteceu, o som da banda mudou. Isso foi uma decisão pensada, de partir para algo novo e talvez mais pesado, ou aconteceu espontaneamente? "Não sei. Uli deixou a banda porque ele queria fazer algo próprio, ele não se sentia mais confortável por estar muito limitado; ele queria seguir uma direção diferente. Então ele sentiu que poderia fazer seu próprio trabalho e nos deixou. Confesso que fiquei muito triste por causa disso, eu sempre o respeitei como um grande músico e nós perdemos um excelente guitarrista, além de um ser humano sensacional. Eu coloquei um anúncio em uma revista de música de Londres : ‘Banda de Heavy Metal da Alemanha procurando por um guitarrista solo’, e nós observamos mais de cem guitarristas, audições, entende? Algumas vezes a pessoa abre a porta, entra, e antes mesmo dela tocar nós já sabemos que o cara não se encaixa, que não é o que queremos para a banda. Nós acabamos por finalizar este processo sem encontrar nenhum substituto e eu me lembrei de um grande guitarrista em Hannover, Matthias Jabs, que me ajudou muito com matemática na escola. Então eu disse que conhecia esse cara, e que nós deviamos falar com ele. Os outros pensaram que nós devessemos pegar alguem da Inglaterra ou EUA, mas então ele participou de um ensaio, encaixou-se e tocou de tudo. Foi assim que o Matthias entrou para o Scorpions. Talvez pelo fato de ter uma química diferente entre diferentes pessoas, pessoas que tocam de jeitos diferentes, ao ouvir o álbum com novos integrantes, é claro que ele ficara totalmente diferente. O mesmo aconteceu quando eu deixei a banda, o primeiro disco lançado depois da minha saída, “Face the Heat”, soa totalmente diferente dos que eu participei".

Leia a íntegra do texto (em inglês) no Metal Rules.

 

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