quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Coco Montoya: “Dirty Deal”
Coco Montoya é um guitarrista que ficou conhecido ao integrar o John Mayall’s Bluesbreakers. Sua carreira musical teve inicio tocando bateria - isso mesmo, bateria - para Albert Collins, nos anos 70. Foi com Collins que Montoya aprendeu a tocar guitarra.
A partir da década de 90, ele decidiu seguir carreira solo e agora chega a seu 6º álbum, “Dirty Deal”. No álbum, Montoya, como de costume, também grava os vocais. Acompanhando o guitarrista estão diversos músicos: Tony Stead e Bill Payne nos teclados, Steve Evans e Kenny Gradney no baixo, Randy Hayes e Richie Hayward na bateria além de Ed Kanon e Roger Cole na percussão. As guitarras adicionais foram gravadas por Fred Tacket.
Produzido por Paul Barrere e Roger Cole, “Dirty Deal” é o primeiro lançamento do guitarrista em 5 anos. O álbum traz 11 faixas inspiradas e fiéis ao estilo blues que sempre marcou a carreira do músico. Sem inovações ou elementos experimentais, Coco Montoya esbanja energia em “Last Dirty Deal”, transpira sentimento em “Coin Operated Love” e “Love Gotcha” e diminui o ritmo, mas não a qualidade, na lenta “Clean Slate” e na balada intensa “How Do You Sleep At Night?”. Merece grande destaque o solo final da bela “There Ain’t No Brakeman on This Train”.
“Dirty Deal” é uma ótima opção para os apreciadores do blues. Todo o álbum tem aquela energia de música ao vivo. Quem já conhece e acompanha a carreira de Montoya irá adorar o lançamento, que pode ser considerado um clássico do guitarrista.
Coco Montoya: “Dirty Deal”
01. Last Dirty Deal
02. Three Sides To Every story
03. Love Gotcha
04. How Do You Sleep At Night?
05. It Takes Time
06. It’s My Own tears
07. Coin Operated Love
08. Clean Slate
09. Put The Shoe On The Other foot
10. It’s All Your Fault
11. Ain’t No brakeman on This Train
Therion: “Gothic Kabbalah”
Christofer Johnsson adora quebrar paradigmas comerciais. Depois da atitude ousada de colocar dois álbuns simultaneamente no mercado, os bons “Lemuria” e “Sirius B”, o músico, representado pela entidade Therion, lança, em tempos de vacas magras, o registro duplo “Gothic Kabbalah”.
Apostando em temáticas tão ricas quanto obscuras e místicas, a ponto de transformar o encarte com as letras em uma obra literária de compreensão para poucos, os suecos rompem, de certa forma, com os próprios padrões que adotaram nos últimos anos de sua história. Não que isso seja uma grande barreira. O Therion sempre teve, pelo menos de alguns anos para cá, contingente suficiente para experimentar e inovar.
Além da estrutura-base formada por Kristian Niemann e Johnsson nas guitarras, o baixista Johan Niemann e o baterista Petter Karlsson, a banda conta com quatro vocalistas em sua formação, sendo Mats Levén o mais eficaz, Hannah Holgersson e Katarina Lilja responsáveis pelas partes líricas e o reforço de luxo Snowy Shaw. Isso sem contar com quase uma dezena de convidados especiais menos cotados.
As composições tornaram-se mais comportadas, tendo os excessos orquestrais, tão queridos por parte de alguns, enxaguados, aparecendo ora de forma mais destacadas, como em “Der Mitternachtlöwe” e “The Wand of Abaris”, ora de maneira mais leve, casos da semi-balada zen “Three Treasures”. A decepção de alguns fãs com a discrição sinfônica pode ser suprimida no épico de 13 minutos “Adulruna Rediviva”.
Com doses mais elevadas de adrenalina, “Son of the Staves of Time”, “T.O.F – The Trinity” e “The Falling Stone” devem ser a mais ovacionadas nas apresentações que o conjunto realiza no Brasil no segundo semestre. Já a faixa-título e “Trul”, que se trabalhadas de outra perspectiva, seriam utilizadas em algum registro futuro do Blind Guardian, são deveras recomendadas para uma audição caseira.
“Gothic Kabbalah” vai causar debate e rusgas entre os apreciadores do Therion, o que, por si só, já faz do álbum algo marcante na carreira dos suecos. E, independente de discussões, é um ótimo aperitivo para quem deseja adentrar no universo místico e misterioso do conjunto.
Therion: “Gothic Kabbalah”
CD 1:
01. Der Mitternachtlöwe
02. The Gothic Kabbalah
03. The Perrennial Sophia
04. Wisdom And The Cage
05. Son Of The Staves Of Time
06. Tuna 1613
07. Trul
08. Close Up The Streams
CD 2:
01. Wand Of Abaris
02. Three Treasures
03. The Path To Arcady
04. TOF - The Trinity
05. Chain Of Minerva
06. The Falling Stone
07. Adulruna Rediviva
Colour, The: “Between Earth & Sky”
Às vezes, você se depara com um álbum de uma banda desconhecida e não tem a menor noção do que se trata e, ao ouví-lo, tem a grata surpresa de gostar do trabalho. É um fato cada vez mais raro atualmente, por isso este CD é uma mais que bem vinda exceção.
“Between Earth & Sky” é o álbum de estréia desta banda formada por Wyatt Hull (vocal), David Quon e Luke MacMaster (guitarras), Derek Heule (baixo) e Nathan Warkentin (bateria). Representante do cenário musical de Los angeles (EUA), o grupo resgata a sonoridade clássica dos Rolling Stones e a apologia e atitude do The Doors, fazendo com esses elementos uma releitura atual e moderna.
Muito bem produzido por Jacquire King, cujo currículo inclui trabalhos com Kings of Leon, Modest Mouse e Tom Waits, o álbum sugere novas direções para o Rock buscando inspiração no passado, mas não de forma exageradamente saudosista, nostálgica e não produtiva.
Destaques para a faixa de abertura “Can’t You Hear It Call” que traz a clássica sonoridade dos Rolling Stones, para a simples e eficiente “Kill The Lights”, para a primeira música de trabalho do álbum “Devil’s Got A Holda Me”, “Our Children Were The Stars” e “Dirge To Earth & Sky”, faixa que encerra o ‘track list’.
“Between Earth & Sky” é um bom álbum de estréia desta banda de Los Angeles, que aponta um futuro promissor para sua trajetória.
Colour, The: “Between Earth & Sky” cotação : Bom
01. Can’t You Hear It Call
02. Kill The Lights
03. Save Yourself
04. Devil’s Got A Holda Me
05. Just A Taste
06. Silver Meadows
07. Black Summer
08. You’re A Treasure
09. Our Children Were The Stars
10. Salt The Earth
11. Bearded Lady
12. Dirge To Earth & Sky
Virgin Steele: “Visons of Eden
Os anos passam, as coisas mudam, mas o Virgin Steele continua o mesmo. E isso não é um elogio. É difícil entender como que uma banda oriunda de Nova York e que está na estrada desde 1980 continue gravando discos com qualidade tão pobre até hoje. A gravação e a produção continuam ruins, as músicas sem graça e a pretensão lá no alto. Não dá para criar uma “Ópera Rock” com esse som de teclado de criança e arranjos idem.
Não é possível que após tanto tempo o vocalista e tecladista David Defeis não tenha aprendido nada. “Visions of Eden” soa extremamente amador e ingênuo. O timbre dos instrumentos, a mixagem e até mesmo a execução são sofríveis. Tudo parece fora de lugar e ninguém estranharia se esse material fosse apresentado como uma demo, uma pré-produção. Infelizmente, o álbum foi colocado à venda desse jeito mesmo.
Muito se fala sobre a qualidade das letras e dos conceitos criados por Defeis em seus álbuns. Ótimo, mas não seria nada mal ele dar uma atenção também para a sonoridade do disco. Nos resta acreditar que o Virgin Steele é tosco (com o perdão da palavra) propositalmente. Eles têm gravadora, são norte-americanos e conhecem boa parte do mundo metálico. Não deve ser tão difícil arranjar um estúdio e um produtor (para controlar inclusive a voz de Defeis).
De qualquer maneira, o Virgin Steele tem fãs espalhados por aí, que vão adorar o álbum e glorificar todos os defeitos aqui apontados. Ainda bem que o mundo do Heavy Metal também é democrático e dá espaço para todos, até para bandas que se recusam a melhorar.
Virgin Steele: “Visons of Eden” Cotação: fraco
01. Immortal I Stand (The Birth Of Adam)
02. Adorned With The Rising Cobra
03. The Ineffable Name
04. Black Light On Black
05. Bonedust
06. Angel Of Death
07. God Above God
08. The Hidden God
09. Childslayer
10. When Dusk Fell
11. Visions Of Eden
Liam Gallagher é flagrado agredindo fotógrafo
Seja por conta de atos ou declarações, polêmica e confusão são coisas que estão praticamente ligadas aos irmãos Gallagher. Dessa vez, é Liam quem volta à luz dos holofotes. O músico foi flagrado recentemente agredindo um fotógrafo que o perturbava.
O incidente ocorreu no início da semana, quando Gallagher passeava ao lado de sua namorada, Nicole Appleton, uma das integrantes do All Saints, e seu filho de cinco anos Gene. O paparazzi alega que estava a mais de cinco metros do vocalista do Oasis, o que não foi suficiente para evitar a agressão, que foi registrada pela emissora ITV. O vídeo da notícia encontra-se disponível no YouTube – www.youtube.com.
No âmbito musical, a dupla de Gallaghers já prepara o sucessor de “Don’t Believe The Truth”. De acordo com Noel, o Oasis já tem oito composições prontas, das quais uma ou duas o produtor Dave Sardy define como brilhantes. O álbum ainda não tem previsão para chegar às lojas.
Ex-Black Crowes estréia em carreira-solo
Ausente da atual formação do Black Crowes, Marc Ford prepara-se para dar início à sua nova empreitada. Ao lado de Mark “Muddy” Dutton no baixo e do baterista Doni Gray, o guitarrista entrou em estúdio para trabalhar em sua carreira-solo.
Os primeiros resultados poderão ser checados a partir do dia 13 de março, quando o “Weary and Wired” chega ao mercado. De acordo com uma nota, o álbum “é um registro significativo, mostrando a capacidade de Ford como compositor e cantor, impulsionado por altas doses de seu trabalho na guitarra, que leva à mente nomes de mestres como [Eric] Clapton, [Jimi] Hendrix e [Jeff] Beck”.
“Weary and Wired” marca a estréia-solo do guitarrista no mercado fonográfico. Todavia, não é a primeira vez que Ford se aventura nessa seara: em 2002, ele gravou o álbum “It’s About Time”, que nunca chegou a ser lançado oficialmente, mas tem suas músicas executadas ao vivo frequentemente.
Queens Of The Stone Age traz convidados em novo registro
A nova era do Queens of the Stone Age pode ser vulgar, mas, pelo menos, será com um elenco de estrelas. O conjunto anunciou uma notável lista de convidados especiais que darão as caras em seu novo registro, “Era Vulgaris”.
Julian Casablancas, vocalista do The Strokes, o líder do Nine Inch Nails Trent Reznor e Billy Gibbons são alguns nomes que participam no sucessor de “Lullabies To Paralyze” – álbum que também conta com a aparição do guitarrista do ZZ Top.
Outro nome que acompanha Josh Homme e companhia é Mark Lanegan, ex-’frontman’ do Queens of the Stone Age. Ainda não foi divulgada em que músicas os convidados participarão. Alguns dos possíveis títulos são “Into the Hollow”, “Sick, Sick, Sick”, “Misfit Love” e “Battery Acid”.
Black'n'Blue solta compilação com raridades da coleção de vocal do Warrant
Está confirmado para 24 de abril o lançamento na Europa de Rarities, compilação do veterano grupo Black'n'Blue que sairá via Crash Music Classics.
"Essas músicas da compilação são demos clássicas e gravações ao vivo que eu resgatei e remasterizei de meus cassetes originais", informa nota do vocalista Jaime St. James, que hoje integra também o grupo Warrant.
O Black'n'Blue foi formado em 1981, em Portland, no estado americano de Oregon, e seu primeiro LP, auto-intitulado, é de 1984. O grupo chegou a lançar quatro álbuns de estúdio, sendo que dois deles foram produzidos por ninguém menos do que Gene Simmons, baixista/vocalista do Kiss.
Biff Byford lança autobiografia antes do novo álbum do Saxon
Vai ser publicada em abril a autobiografia de Biff Byford, vocalista do Saxon. Intitulada Never Surrender (Or Nearly Good Looking), ela sairá inicialmente apenas no Reino Unido, através da editora I.P. Publishing. Uma amostra em formato PDF (150 KB) já está disponível no site oficial da banda. Você precisa do Acrobat Reader se usar Windows. Se usar Mac OS X, o sistema lê automaticamente o arquivo.
Recentemente, o Saxon precisou cancelar sua turnê pela Inglaterra e pela Irlanda por causa de uma infecção de garganta de Byford, ocasionada por uma gripe muito forte.
O Saxon lançará seu novo álbum, intitulado The Inner Sanctum, no próximo dia 5 de março. A primeira prensagem virá em embalagem digipack com um DVD de bônus.
Baixista do Metal Church substitui ex-Megadeth no Temple Of Brutality
O baixista Steve Unger, do Metal Church, será o substituto de David Ellefson (ex-Megadeth) no projeto Temple Of Brutality, que inicia sua nova turnê norte-americana em março. O primeiro álbum do grupo foi lançado nesta semana nos Estados Unidos e se chama Lethal Agenda (Demolition Records).
Além de Unger, o Temple Of Brutality conta também com Stet Howland (baterista, ex-Wasp), Peter Scheithauer (guitarrista, ex-Belladonna e Killing Machine) e Todd Barnes (vocalista do 13-A).
Batalha no Iraque e câncer inspiram Ozzy
As pelejas envolvendo o Iraque e a batalha de Sharon contra o câncer inspiraram OZZY OSBOURNE em seu novo álbum de estúdio. “Bombas estão caindo e lágrimas estão caindo”, é um dos versos da música “Countdown’s Begun”, que estará no novo CD do amalucado vocalista, música descrita pela revista estadunidense Rolling Stone como “bem metal e moderna”.
No entanto, OZZY disse à publicação que não pretende mostrar um lado político neste novo trabalho, como fazia nos tempos de BLACK SABBATH, com a clássica “War Pigs”. “Eu tento mascarar essas coisas, então você pode pensar o que acha. As coisas que acontecem ao seu redor o afetam, mas você acaba não percebendo. Você vê a CNN e a porra de um carro-bomba está explodindo”, pondera o vocalista.
Entre as onze faixas gravadas por OZZY neste novo álbum também estarão “Not Going Away”, que a Rolling Stone descreve como uma faixa “bem rock repleta de riffs do guitarrista Zakk Wylde”, e “Lay Your World On Me”, inspirada na recente batalha contra o câncer de sua esposa, Sharon Osbourne.
O novo álbum de OZZY chega após seis anos sem lançar material inédito. A gravação aconteceu no recém construído estúdio em sua mansão em Beverly Hills, sem um produtor, mas com o auxílio do engenheiro de som Kevin Churko. “O Kevin trabalhou com as máquinas e me ajudou no processo de composição. Ele realmente sabe o que fazer com o Pro-Tools, o que é bom porque eu não consigo trabalhar com aquela coisa”, explica OZZY.
Traduzido de: Blabbermouth.net
Blackmore e Glover em CD de Joe Lynn Turner
O novo lançamento do vocalista Joe Lynn Turner (RAINBOW, DEEP PURPLE, HTP), "Second Hand Life", terá uma faixa escrita por ele em parceria com Ritchie Blackmore (DEEP PURPLE, RAINBOW, BLACKMORE'S NIGHT) e Roger Glover (DEEP PURPLE, RAINBOW).
A atual formação da banda de Turner conta com Karl Cochran (ACE FREHLEY) nas guitarras, Bob Held no baixo, Gary Corbett nos teclados e Michael Cartellone (DAMN YANKEES, LYNYRD SKYNYRD) na bateria.
John Bush fala sobre Anthrax e Armored Saint
Segue abaixo a tradução adaptada da transcrição de parte de uma entrevista com John Bush, realizada em 23 de janeiro por Bob Nalbandian, do Shockwaves Magazine, e que pode ser conferida via podcast.
Shockwaves: Muitas pessoas estão se perguntando e querem conhecer a seu lado da história... em que pé está sua situação no ANTHRAX?
John Bush: "A situação é um tanto quanto irônica, de fato continuo legalmente sendo membro da banda, embora não tenha feito nada relativo a ela nos últimos anos. Foi em março de 2005 eu acho... aquela foi a último turnê do qual participei, pela América Latina, é isto. Quero dizer, muita coisa aconteceu neste período - e não vamos discutir o assunto - mas o fato é que estamos aqui agora, passados quase dois anos, com a banda falando em compor novo material, e não me sinto preparado para isto".
"Será para sempre? Não sei. Vivo minha vida como se não houvesse amanhã (Nota: ele canta "I live my life kind of like that anyway", um trecho de "Runnin´ With The Devil" do VAN HALEN, imitando o vocal de David Lee Roth). Seja como for, realmente gosto de viver assim, então não posso falar sobre o futuro tanto quanto sobre o presente que é o momento agora, onde estou centrado. Existem outras coisas em minha vida que são prioritárias, e para participar do processo de composição de um álbum eu terei de assumir um compromisso, que por menor que seja, ainda é um compromisso".
"De certa forma, isto é tudo que sei. Não faço idéia do que eles pretendem, o que posso dizer hoje, 23 de janeiro de 2007, é que não estou pronto para assumir nenhum compromisso no sentido de compor um álbum".
Shockwaves: As pessoas perguntam o que têm feito desde então? Sabemos que agora é pai de familia, já têm uma filha e uma segunda criança está a caminho...
John Bush: "Um menino".
Shockwaves: Filho?
John Bush: "Sim, um garotinho. Você poderá conhecê-lo daqui a aproximadamente cinco meses".
Shockwaves: Parabéns! Você também está envolvido em negócios com sua espôsa, e têm feito alguns comerciais, é isto mesmo?
John Bush: "Bem, são coisas distintas, faço apenas as vozes (em propagandas)".
Shockwaves: Poderia nos contar mais detalhes?
John Bush: "Tenho um agente que me arruma contratos quando aparece trabalho. Fiquei sem serviço por um bom tempo e finalmente arrumei um trabalho há alguns meses, e foi algo grande, nada menos que a Burger King (Nota: rede de fast-food norte americana). Eles procuravam uma nova voz para a campanha e eu fui o escolhido(...) sobre a empresa de minha mulher, nós temos nosso próprio negócio, uma agência de modelos que trabalha com propaganda. Quando deixei a banda me perguntei do que iria viver, não podia me dar ao luxo de apenas relaxar e usufruir de minha enorme poupança (risos). Ainda precisava trabalhar, e foi isto que aconteceu(...) na realidade não entendo muito da coisa, simplesmente ajudo no que posso, mas se trata de nosso pequeno negócio familiar e é o que paga as contas".
"Fiz alguns shows com o ARMORED SAINT. Acho que vamos tocar no Rock Hard Festival em maio na Alemanha, está praticamente confirmado, principalmente por sermos grandes amigos dos editores da revista (Rock Hard), que têm dado um grande apoio em minha carreira e ao grupo. Mas fora isto, não há mais nada no horizonte em relação à banda".
Shockwaves: E sobre uma possível gravação com o ARMORED SAINT? Tens composto algo com Joey Vera ou ao menos falado com ele?
John Bush: "Não. Quero dizer, temos conversado sobre o assunto, mas Joey está muito ocupado com sua vida pessoal e gravou um álbum solo, então não me parece que seja o momento adequado. Também seria algo que daria bastante trabalho, e não acho que é onde gostaria de me focar no momento. Não quero parecer um sujeito arrogante, mas se eu não estiver envolvido em algo, por qualquer motivo que seja, a ponto de amar, acreditar e querer isto a fundo, eu me recuso a fazer. Com certeza posso vir a fazer um monte de coisas diferentes por diversas razões que serão superficiais, nada genuínas, mas não estou interessado nisto no atual estágio de minha vida".
"Reitero: não sei o que o futuro reserva, tudo que sei é o que se passa no presente. Não vou gravar um álbum com o ANTHRAX apenas porque eu posso ou porque talvez aqueles caras queiram, mas sem me dedicar de coração a isto, pois tenho muito orgulho de tudo que fiz na banda - gravamos grandes discos, a despeito das vendas; especialmente o 'We´ve Come For You All', um álbum maravilhoso. E me ver numa situação onde não esteja totamente integrado soa desrespeitoso tanto para mim quanto para o resto da banda e os fãs. Por que iria fazê-lo?
Shockwaves: O que acha que acontecerá em sua carreira como músico a partir de hoje em diante?
John Bush "Não faço idéia. Como disse, não creio que seja algo com o qual deva me preocupar no momento. Acredito que as coisas acontecerão com o tempo. Sei que soa meio vago, ninguém quer ouvir isto, principalmente um jornalista, mas estou sendo honesto, simplesmente não sei. Penso que seja lá o que eu fizer em seguida, quero ter certeza de estar totalmente envolvido, caso contrário não o farei. Acredito que minha carreira fale por si mesma, então não há necessidade de fazer algo de forma apressada e mal feita de forma que caia no esquecimento em pouco tempo. Sei que posso correr este risco, e para mim está tudo bem".
"Estou trabalhando com Peter Wichers, que era do SOILWORK, o cara que organizou o disco de comemoração dos vinte anos da gravadora Nuclear Blast, que deve sair ainda este ano. Fizemos uma canção juntos, ficou muito legal, mas ainda tenho de gravá-la. Foi tudo muito rápido, então me parece que ainda tenho habilidade para compor. Quando surgir a próxima oportunidade estarei pronto para agir, mas até lá sinceramente não sei de nada".
Traduzido de: Blabbermouth
Liquid Tension Experiment pode retornar
O baterista do DREAM THEATER, Mike Portnoy, acaba de confirmar os rumores de que os membros do LIQUID TENSION EXPERIMENT - projeto no qual estão presentes Portnoy, seus amigos de banda Jordan Rudess (teclados) e John Petrucci (guitarra), ao lado de um ícone do rock progressivo, Tony Levin do KING CRIMSON (baixo) - se encontraram recentemente e discutiram a possibilidade de um reagrupamento e de gravação do terceiro álbum de estúdio.
Um fã recentemente postou no fórum do site de Portnoy um texto do blog de Tony Levin, onde ele dizia ter se encontrado com outros membros do LTE enquanto gravava um outro projeto. "Enquanto gravava um álbum em Nova York, eu encontrei com meus colegas do LIQUID TENSION EXPERIMENT, que estão trabalhando em um novo álbum do DREAM THEATER", escreveu Levin. "Jordan Rudess tinha acabado de sair do estúdio quando eu fui correndo com minha câmera para tirar uma foto com Mike Portnoy e John Petrucci."
Mais tarde, o próprio Mike Portnoy postou o seguinte texto para esclarecer a situação: "Eu acho que meus primeiros sentimentos em não estar mais interessado em outro álbum do LTE por causa de semelhanças com o DT e Jordan finalmente passaram... Faz um bom tempo desde que venho pensando nisso, poderia ser de fato excitante, criativo e divertido".
"Nós quatro realmente mencionamos bastante em como seria divertido fazer mais músicas juntos algum dia, então como eu sempre digo: 'Nunca diga nunca!'"
"Infelizmente, há um empecilho que poderia tornar muito difícil o lançamento de um futuro álbum do LTE... e eu só posso dizer que não tem nada a ver com nenhuma das quatro pessoas [da banda]!" [Nota: ele se refere a problemas que teve com a gravadora].
O LIQUID TENSION EXPERIMENT lançou dois álbuns, "Liquid Tension Experiment" (1998) e "Liquid Tension Experiment 2" (1999) pela gravadora Magna Carta Records. Eles também fizeram alguns shows ao vivo em Nova York, Filadélfia, e Los Angeles. Várias canções e riffs do projeto foram incorporados em apresentações ao vivo do DREAM THEATER, tal como "Instrumedley" do álbum "Live at Budokan".
Traduzido de: Blabbermouth
Ex-Dream Theater comenta retorno ao Prog
Em entrevista recente à BW&BK, o ex-vocalista do DREAM THEATER Charlie Dominici comentou seu retorno ao mundo do prog-rock com o álbum "O3: A Trilogy - Part 2". Veja parte da entrevista:
“As únicas referências feitas ao DREAM THEATER durante as gravações de 'O3 - Part 2' foram feitas por mim”, diz Dominici sobre o possível fato de seus novos companheiros de banda terem escrito as canções inspirados pelo seu passado do DREAM THEATER. “Eu mencionei algumas vezes que eu queria que esse álbum soasse como um sucessor para o 'When Dream And Day Unite', feito não pelo DREAM THEATER mas por mim. Mais ou menos como se eu tivesse gravado o disco e despedido John (Petrucci/guitarrista) e Mike (Portnoy/baterista), e então contratado esses caras (risos). É justamente daí que veio esse disco. Eu queria que o 'O3 – Part 2' fosse como se todos os álbuns depois do 'When Dream And Day Unite' não existissem, que esse fosse o segundo disco da banda. E na verdade é. É o segundo álbum que eu fiz em uma banda de Rock Progressivo".
Com relação ao status quase lendário do "When Dream And Day Unite" entre os fãs de Prog-Metal quase 20 anos depois do seu lançamento, Dominici diz que ele não está nem um pouco surpreso com isso.
“Me deram um fita demo de uma banda chama Majesty em uma noite chuvosa num posto de gasolina, onde acabaria encontrando o empresário deles naquele mesmo dia – eu acho que eles tinham demitido o Chris Collins (primeiro vocalista do DT) um mês antes – e não estavam tocando muito bem. Se você ouvir essa fita tem que prestar muita atenção para notar o potencial que eles tinham. Quando ouvi pela primeira vez eu pensei: ‘esses caras podem mesmo tocar ou eles são tão bons que sequer conseguem tocar o que querem?’ Eu senti o potencial, e eu lembro de dizer para minha namorada naquele dia que essa banda seria enorme, que eles tinham que chegar lá com os próprios pés e então o mundo iria segui-los. Depois que eu ouvi eles tocarem ‘Ytse Jam’ no ensaio pela primeira vez, percebi que teria de entrar para aquela banda, e eu nem estava muito interessado naquele tipo de música na época".
Traduzido de: Brave Words
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Annihilator Lança Novo CD Com Muitas Participações Especiais
A banda canadense Annihilator anunciou o track list do novo álbum, "Metal", que será lançado no dia 16 de abril na Europa pela SPV Records. Ainda não foram anunciadas as datas de lançamentos para os Estados Unidos e América do Sul.
As 10 faixas novas foram todas gravadas por Jeff Waters (guitarra, baixo e vocalista principal em uma faixa), Mike Mangini na bateria e o vocalista Dave Padden.
A banda ainda conta com a participação especial de muitos amigos como Alexi Laiho (Children Of Bodom), Danko Jones (Danko Jones), Michael Amott e Angela Gossow (Arch Enemy), Corey Beaulieu (Trivium), William Adler (Lamb Of God), Jeff Loomis (Nevermore), Jesper Strömblad (In Flames), Steve "Lips" Kudlow (Anvil), Anders Björler (The Haunted), Jacob Lynam (Lynam), entre outros.
Não é a toa que Jeff Waters diz que o novo álbum "Metal" tem um trabalho de guitarra matador, além de dizer que escreveu as melhores composições possíveis para todos os convidados. Jeff ainda complementa dizendo que o novo trabalho lembra bastante os quatro primeiros álbum do Annihilator.
O track list é o seguinte:
01. Clown Parade (feat. Jeff Loomis)
02. Couple Suicide (feat. Danko Jones e Angela Gossow)
03. Army Of One (feat. Steve "Lips" Kudlow)
04. Downright Dominate (feat. Alexi Laiho)
05. Smothered (feat. Anders Björler)
06. Operation Annihilation (feat. Michael Amott)
07. Haunted (feat. Jesper Strömblad)
08. Kicked (feat. Corey Beaulieu)
09. Detonation (feat. Jacob Lynam)
10. Chasing The High (feat. William Adler)
Leaves' Eyes disponibiliza trailer de tour americana com o Blind Guardian
A banda Leaves' Eyes disponibilizou na internet um trailer de sua recente turnê pelos Estados Unidos, abrindo as apresentações do Blind Guardian.
O grupo agora vai fazer uma turnê pela Europa ao lado do Kamelot, entre março e maio próximos.
O Leaves' Eyes é liderado pela cantora Liv Kristine (foto), esposa de Alexander Kull, vocalista do Atrocity. As duas bandas têm a mesma formação, mudando apenas os cantores. Juntos, eles estiveram no Brasil com o Destruction, em 2006.
Novo disco do Rush vem aí...
Está confirmado para o dia 1º de maio o lançamento do novo álbum do grupo canadense Rush (foto) na América do Norte. Intitulado Snakes & Arrows, o disco foi gravado no estúdio Allaire, em Nova York, com o produtor Nick Raskulinecz. O primeiro single do disco novo se chama Far Cry e sai em março.
"Nunca curti tanto a gravação de um álbum e nunca fiquei tão satisfeito com o resultado como agora", garantiu o baterista Neil Peart, em nota recente.
O grupo vai iniciar sua nova turnê em junho, pelos Estados Unidos.
Brasileiro Sérgio Buss lança novo CD solo e mostra porque é venerado por Steve Vai
O guitarrista brasileiro Sérgio Buss lança neste mês seu novo trabalho solo, intitulado Liquid Piece. Conhecido por atuar ao lado de Steve Vai e por seu trabalho como engenheiro de som nos Estados Unidos, o músico ficou bastante conhecido também com seu primeiro disco solo, Incarcerated Scream, de 1996.
"Longe de se voltar a um nicho limitado e específico, mas procurando alcançar os ouvidos sensíveis do público como um todo, Serj reuniu diversas formas de arte neste lançamento, fruto de sua visão profundamente autoral. Conceitual, passando por literatura, cinema, teatro e fotografia, além de recheado por várias participações especiais. É desta forma que Liquid Piece chega até suas mãos", informa nota do guitarrista. "Não simplesmente música, mas elevando-se como uma obra completa, absorvendo o ouvinte e exigindo sua apreciação minuciosa."
Completa o próprio Buss: "Este trabalho reúne tudo o que gosto. As pessoas imaginam o que querem. Elas ouvem, lêem o roteiro, vêem as artes e montam seu próprio quebra-cabeça", diz ele.
A pré-venda do álbum está sendo feita com exclusividade no site oficial do guitarrista.
"Longe de se voltar a um nicho limitado e específico, mas procurando alcançar os ouvidos sensíveis do público como um todo, Serj reuniu diversas formas de arte neste lançamento, fruto de sua visão profundamente autoral. Conceitual, passando por literatura, cinema, teatro e fotografia, além de recheado por várias participações especiais. É desta forma que Liquid Piece chega até suas mãos", informa nota do guitarrista. "Não simplesmente música, mas elevando-se como uma obra completa, absorvendo o ouvinte e exigindo sua apreciação minuciosa."
Completa o próprio Buss: "Este trabalho reúne tudo o que gosto. As pessoas imaginam o que querem. Elas ouvem, lêem o roteiro, vêem as artes e montam seu próprio quebra-cabeça", diz ele.
A pré-venda do álbum está sendo feita com exclusividade no site oficial do guitarrista.
Dois últimos trabalhos do Hirax serão lançados em um único CD no Brasil
A legendária banda norte-americana de thrash metal Hirax vai ter seus dois últimos discos lançados no Brasil nos próximos meses através do selo Kill Again Records, do Distrito Federal. Tratam-se do CD The New Age Of Terror (2004) e do EP Assassins Of War (2007), que sairão no Brasil em formato 2 em 1.
O Hirax conta atualmente em sua formação com o baterista brasileiro Fabrício Ravelli, ex-integrante dos grupos Scars e Harppia.
Segue uma entrevista com a banda;Pela rock brigade:
Ainda estão bem vivos na memória os gloriosos dias do thrash metal nos anos 80. Era uma época em que não apenas os medalhões brilhavam, afinal, também havia espaço para grupos médios fantásticos, como Razor, Dark Angel, Assassin, Blood Feast e Hirax, só para citar alguns. Dessa turma, o Hirax chamava a atenção pela voz potente de Katon W. De Pena, que, aliás, foi o criador do grupo em 1984, na Califórnia.
Depois do auge na metade dos anos 80, Pena deixou a banda em 1989, sendo substituído por alguns meses pelo saudoso Paul Baloff (Exodus). A experiência não durou muito e o Hirax foi fechado num baú por muitos anos, dando sinal de vida apenas em 2003, quando o próprio Pena decidiu reativar o grupo. Do Hirax dos anos 80, só sobraram o nome e o próprio Pena, pois o resto foi todo diferente quando o grupo soltou New Age Of Terror, em 2004. Dois anos depois, mais mudanças: entrou o baterista brasileiro Fabrício Ravelli (ex-Harppia, ex-Scars), o guitarrista Glenn Rogers está meio na base do entra-e-sai e um disco novo intitulado Assassins Of War está no forno.
E é justamente o brasileiro que conta pra RB como comeu o pão que o diabo amassou antes de beliscar a vaga de baterista do Hirax. "Foram tempos difíceis, morando com uma galera que eu nem conhecia direito. Um dia, cheguei em casa e minhas roupas estavam jogadas na rua, pois o cara dizia que via bichos nas minhas roupas e eles estavam rastejando pelas paredes. O cara era esquizofrênico e não sabíamos. Eu cheguei a dormir no carro, pois não tinha lugar para ir", lembra Fabrício Ravelli, sem a menor saudade daqueles dias. "Trabalhei como manobrista, trabalhei com mudanças. Depois, decidi ficar 100% focado em minha carreira, 24 horas por dia. Cheguei a tocar na banda de Neil Turbin [primeiro vocalista do Anthrax]."
Ao saber que o Hirax precisava de um baterista, Ravelli mandou para o grupo material das bandas por onde passou. "Acho que não dormi uns três dias juntando o material para colocar num DVD e mandar para o Katon. Ele gostou, pediu para eu tirar algumas músicas do Hirax e fazer um teste. Uma semana depois eu já estava na banda, fazendo a primeira sessão de fotos de divulgação."
Agora, o brasileiro já está bem entrosado e a banda já começa a preparar seu próximo álbum, que vai se chamar Assassins Of War. "Não é exatamente uma seqüência do The New Age Of Terror, pois a entrada do Lance [Harrinson, guitarrista] deu um pique novo, afinal, ele vem de uma escola mais Glenn Tipton e Adrian Smith. Esse jeito dele equilibra com o do Glenn [Rogers, também guitarrista], que é mais thrash anos 80. Vai ser um disco pesado, brutal, técnico, mas vai ter um groove brasileiro que eu estou trazendo para as músicas. Acho que essas são algumas das melhores músicas já feitas pelo Hirax", garante o baterista. "Estamos fazendo a pré-produção entre 5 e 6 dias por semana, não tem descanso. Acho que vamos entrar em estúdio para gravar de fato em julho ou agosto."
Ravelli aproveita para esclarecer as notícias de que o guitarrista Glenn Rogers havia deixado o conjunto, como foi amplamente divulgado na internet. "O Glenn nunca saiu realmente da banda, como foi noticiado na imprensa. A verdade é que, naquela época, a banda estava passando por problemas e acabou havendo um grande mal-entendido, uma falha de comunicação mesmo", esclarece ele. "Desentendimentos em uma banda são normais, o problema é quando eles não são resolvidos internamente na hora em que acontecem. Aí, um fala uma coisa, outro fala outra coisa e acaba chegando na imprensa. Agora está tudo OK, estamos felizes e a comunicação está bem melhor. Não há problemas de ego. São apenas cinco músicos querendo o melhor para o grupo."
Um pouco antes da entrada de Raveli, o Hirax lançou um DVD intitulado Thrash 'Til Death que é tão tosco que chega a ser quase amador. "Eu não participei do DVD, ele foi feito com a formação anterior. E, concordo com você, ele realmente não tem boa qualidade, é muito tosco!", brinca o baterista. "Mas era isso que a banda queria... Quero dizer, não lançar algo tosco, mas algo bem verdadeiro, sem overdubs, é ao vivo mesmo. É tosqueira histórica, tipo From Enslavement To Obliteration [Napalm Death]. Porém, já estamos planejando gravar um DVD bem mais profissional, bem melhor elaborado. Será um documentário sobre a banda, com imagens raras. No momento, no entanto, ainda não temos uma data de lançamento agendada."
Ravelli garante também que existem muitas diferenças entre ser uma banda underground no Brasil e nos Estados Unidos. "Quando eu estava no Harppia, que é uma banda conhecida no Brasil, sempre enfrentava problemas de estrutura de palco nos shows, divulgação ruim, organização fraca. E não dá pra viver de música no Brasil. Já no Hirax, que não é uma banda grande, consigo viver só de música. O grupo é muito respeitado aqui nos EUA", garante ele. "Se o Harppia dos anos 80 vivesse nos EUA, certamente hoje em dia seria uma banda grande, pois, não fosse a cena oitentista, hoje em dia os americanos só ouviriam hip hop e rap."
Apesar disso, o baterista também tem suas reclamações quanto ao mercado norte-americano de música. "A MTV daqui é uma bosta, as garotas de 15 anos só pensam em colocar silicone nos peitos e há 20 bandas novas em cada esquina. A única vantagem é que nos shows do Hirax o público é diferente, tem gente de todas as idades", explica. "Os músicos precisam entender que eles é que podem fazer a diferença. Não me conformo que o Ratos de Porão, que é minha banda favorita, não tenha o reconhecimento que merece."
Apesar de todos os prós e contras, Ravelli não se arrepende de ter deixado o Brasil no final de 2005. "Foi a escolha mais difícil da minha vida. Deixei amigos, família. Um dia eu estava abrindo shows do U.D.O. e do Grave Digger no Brasil; no outro, eu era manobrista nos EUA. Eu não agüentava mais ver bandas que não tinham nada a ver com metal fazerem sucesso justamente no meio do público de metal. E esse pessoal sempre tinha melhor produção e muita mordomia", lamenta o músico. "Os fãs de metal precisam se conscientizar de que eles é que fazem a diferença. O Brasil tem o melhor público de metal do mundo, mas eu tive que tomar essa decisão para poder focar minha carreira em algo mais profissional."
No Brasil, Ravelli começou a tocar bateria aos 11 anos de idade. Em 99, integrou o Ancestral junto com Heros Trench, do Korzus. Depois, passou pelo Metallica Cover, Testament Cover, Sepultura Cover, Wasted Co. e pelo Vulghar. "Mas com quem trabalhei bastante foi mesmo com o Harppia", completa ele, que lembra como ouviu falar pela primeira vez do Hirax. "Eu sempre via o Shane Embury [Napalm Death] usando camiseta do Hirax e fiquei curioso. Certo dia, um amigo me mostrou um disco deles e pirei. O curioso é que, anos depois, fui num show do Napalm Death aqui nos EUA e o Shane estava usando a mesma camiseta!"
Pra finalizar a conversa, Ravelli dá sua impressão pessoal sobre o mercado norte-americano atual de heavy metal. "Eu estava falando com o Jeff Becerra [Possessed] exatamente sobre isso outro dia. O mercado aqui tinha tudo para melhorar, mas gente como Sharon Osbourne sempre estraga tudo quando paga mexicano pra jogar ovo no Iron Maiden [no Ozzfest de 2005]. Aquilo foi ridículo! Ela não está nem aí pra nada, adora armar barraco! E o metal aqui está indo nessa direção, não é levado a sério", lamenta ele. "Por outro lado, as bandas aqui são muito amigas. Você vai num show do Testament e encontra na platéia músicos do Sadus, do Hirax e do Nuclear Assault. Não espero uma cena como era nos anos 80, mas acho que pode ficar melhor do que está. O grande problema dos EUA não é musical, mas político. Esse George W. Bush é um dos caras mais ignorantes que já vi na vida."
Symphony X, Skid Row e Quiet Riot confirmados no Sweden Rock
Um dos maiores festivais europeus continua a confirmar grandes nomes para este ano. Os últimos a confirmar presença foram os norte-americanos do Symphony X, Skid Row e Quiet Riot. Além dessas atrações, também tocam no palco do Sweden Rock Festival 2007 UDO, Blind Guardian, Motörhead, Iced Earth, Dimmu Borgir, Kreator, Annihilator, Tiamat, Axel Rudi Pell, Nocturnal Rites e Heaven & Hell, com a combinação letal de Dio, Tony Iommi, Geezer Butler e Vinnie Appice. possivelmente será memorável.
Fonte: swedenrock.com
Veja foto da nova formação do Van Halen
Eddie Van Halen: querendo gravar com Roth
Conforme o VHLinks.com, o site da revista Hit Parader conduziu recentemente uma entrevista com o guitarrista do VAN HALEN, Eddie Van Halen, sobre a reunião da banda com o vocalista David Lee Roth e a futura turnê norte-americana.
A seguir a tradução:
Hit Parader: Então, qual a sensação de retornar?
Eddie Van Halen: "Retornar de onde? Não fui a lugar nenhum!"
Hit Parader: O que você têm feito desde 2004, fora a curta turnê com Sammy Hagar?
Eddie Van Halen: "Oh, estive apenas compondo, gravando. Fazendo jams com meu filho [Wolfgang, novo baixista do VAN HALEN] e Al [Alex Van Halen, baterista do VAN HALEN]. Meu filho, Wolfie, é um talento nato. Começou na guitarra, mudou para o baixo no ano passado e estamos fazendos jams".
Hit Parader: Você sabia desde o começo que o Dave voltaria?
Eddie Van Halen: "Não me importava com quem seria. Poderia ser o Dave ou outro. Na verdade, algumas pessoas cantaram com a gente. Poderia ter sido uma delas".
Hit Parader: Ou o Sammy Hagar?
Eddie Van Halen: "Não. Depois da última turnê, percebi que havia sido um erro".
Hit Parader: O que houve?
Eddie Van Halen: "Queríamos apenas tocar. Não havíamos conseguido com o Dave, embora tivéssemos tentado. Então, Sam ligou para o Alex e combinou tudo. Fui o último a saber. Eu disse que por mim estava tudo bem. Então, convidamos o Sobolewski [ex-baixista do Van Halen, Michael Anthony], apesar de eu não querer muito. De qualquer maneira, tudo começou a ruir. Ninguém se falava. Hagar e o baixista estavam apenas usando a cobertura da imprensa para vender tequila e molho de pimenta. Foi um golpe baixo".
Hit Parader: Então, não há possibilidade de Anthony participar do retorno?
Eddie Van Halen: "Prá quê? Ele não toca em um álbum do VAN HALEN há anos. Não temos nos falado. Não quero menosprezá-lo, ele é um bom baixista. No entanto, não existe mais aquele clima ou intimidade há anos. Além do mais, ele está lá tocando com o inimigo (risos)".
Hit Parader: Você quer dizer Hagar? A banda deles, THE OTHER HALF?
Eddie Van Halen: "Isso, preciso falar mais? Eles estão lá vendendo molho de pimenta e tequila e tocando todas as músicas que compus. É meio triste".
Hit Parader: Como Roth entrou em cena? Tenho a impressão que vocês não se falavam há anos?
Eddie Van Halen: "Queríamos tocar novamente. Wolfie veio a mim ano passado e me disse o quanto gostava daquelas músicas antigas. São fáceis de aprender e divertidas de se tocar. Por isso, estamos fazendo jams por um bom tempo, e tipo que olhei para o Al e disse: 'Deixa disso, vamos chamar o Dave!' Então o chamamos".
Hit Parader: Simples assim?
Eddie Van Halen: "Não, não foi simples assim. Havia advogados e coisas que tivemos que acertar (risos)".
Hit Parader: Anthony entrou em contato com você?
Eddie Van Halen: "Não, mas minha agente, que também é minha namorada, disse-me que ouviu que o Hagar estava tentando entrar em contato comigo. Não sei o que ele quer".
Hit Parader: Livre do câncer, prestes a entrar no Rock and Roll Hall of Fame, turnê com Roth. Isso é uma grande reviravolta.
Eddie Van Halen: Sim, é muito bom. Mas não acho que vamos tocar no Hall of Fame. Não consigo imaginar nós todos tentando dividir o palco juntos. Francamente, não quero tocar com ninguém lá.
Hit Parader: Álbum novo em vista?
Eddie Van Halen: "Sim, talvez. Tenho muita música dentro de mim. O nome VAN HALEN, o legado da família, irá durar para sempre. E está passando de mãos. Meu filho é um talento nato. Ele tocará comigo em algum projeto solo futuramente".
Hit Parader: Músicas novas com Roth?
Eddie Van Halen: "Bem, isso é o que espero. Soamos muito bem juntos, você não tem idéia. Há músicas novas mais do que o suficiente. Mas, uma coisa de cada vez, ainda nem ensaiamos tanto assim".
Traduzido de: VHLinks.com
Halford: "os CDs estão com os dias contados"
O editor do site Metal-Temple.com, Orpheus Spiliotopoulos, entrevistou recentemente o frontman do JUDAS PRIEST, Rob Halford. Entre outros temas Halford conta suas impressões sobre música digital e sobre o fim do formato CD.
Metal-Temple.com: Por que você decidiu lançar músicas novas da banda HALFORD exclusivamente no iTunes e não num EP, por exemplo? O que quero dizer é que duvido que metade da Europa chegue a usar o iTunes, pelo menos entre os fãs de Metal.
Rob: Bem, isso foi um dilema para mim. O iTunes da Apple é o maior serviço do mundo de download e transferência de todas as formas de mídia em vídeo. Eu tenho toneladas de vídeos no meu iPod – do DEFTONES e de muitas outras. Eu não quero que ninguém fique de fora, então preciso encontrar uma maneira de garantir que todos consigam o que querem. Acho que a maior parte dos fãs de Metal estão conectados à Internet. O que quero dizer é: eles precisam disso? O que é o Metal-Temple.com? Entende o que quero dizer? Você sabe, qualquer um que queira visitar o Metal-Temple.com precisa poder navegar pela Internet, precisa ter um equipamento necessário para fazer isso: computador, PC, etc. É assim que o mundo funciona.
Eu digo que é inevitável que os CDs se tornem obsoletos; você precisa enfrentar esse fato. Da mesma forma, o vinil tornou-se obsoleto, os cassetes tornaram-se obsoletos, as fitas de rolo tornaram-se obsoletas. Algumas pessoas não têm tanta sorte. Eu penso que sempre haverá mercado para algum tipo de armazenamento físico. Mas as coisas estão mudando muito rapidamente. E digo que vai acontecer com todo mundo, antes mesmo que se perceba. Nada de mudanças lentas, vagarosas: dentro dos próximos anos todas as gravadoras vão dizer 'Não vamos mais fabricar CDs para varejo'. Você vai precisar adquirir tudo o que quiser diretamente da Sony Music Online, Rob Halford Music Online, IRON MAIDEN Online... O IRON acabou de lançar seu álbum pela Apple iTunes, mas eles também lançaram o álbum no formato CD...
Metal-Temple.com: Concordo plenamente, mas você não acha que o mercado de CDs ainda é grande?
Rob: Sim, mas está diminuindo rapidamente. Como artista solo, eu não sou tão grande quanto o IRON MAIDEN, economicamente falando. E esse é o ponto crucial. Eu poderia gravar um álbum e mandar fabricar CDs, por conveniência e para manter o controle e os serviços, mas penso que é muito melhor fazer tudo através do download. É tudo simplesmente uma questão de praticidade. Se eu estivesse em outra situação, e se o que eu fosse fazer tivesse uma escala muito maior, então eu estaria no ramo da fabricação de CDs, colocando-os em caminhões e tudo o mais, esperando que alguns caras os peguem e os coloquem nas lojas – um pesadelo da po**a.
Metal-Temple.com: O que a banda HALFORD, o FIGHT e o TWO têm, na sua opinião, que o JUDAS PRIEST nunca teve? Se você não se importar com a minha pergunta, e com o devido respeito, foram essas coisas [elementos] que fizeram com que você deixasse o JUDAS, por motivos musicais, no início dos anos 90?
Rob: Depois de todo esse tempo, penso que o FIGHT, para mim, foi bastante diferenciado. Por exemplo, o som do FIGHT e as suas performances ao vivo. A música que criamos foi, para mim, algo muito diferente do que a que eu estava compondo no JUDAS e essa foi a razão pela qual eu saí da banda. Eu queria buscar novas experiências, novas jornadas e aventuras com diferentes artistas, diferentes músicos, diferentes estilos, sons e abordagens – algo que eu não estava conseguindo com Glenn [Tipton], K.K. [Downing], Scott [Travis] e Ian [Hill]. Isso certamente acontecia com o FIGHT, e mais ainda no caso do projeto TWO, com Trent Reznor, do NINE INCH NAILS. Acho que essas duas bandas foram o que eu sempre quis fazer, que era fazer algo diferente daquilo que o JUDAS fazia. Mas a banda HALFORD estava mais em sintonia com tudo o que gostamos em relação ao JUDAS PRIEST. E eu acho que, com aquela banda, aquelas músicas e aquelas performances eu estava, subconscientemente, procurando um caminho de volta ao JUDAS.
Eu ouvi comentários de pessoas dizendo que o álbum 'Resurrection' é o melhor álbum no estilo JUDAS que o JUDAS jamais fez, de acordo com diversas críticas. E é claro que eu estava indo nessa direção. Eu saí do JUDAS somente para fazer essas experiências. Quando elas acabaram e eu comecei a ouvir o meu coração sobre qual era realmente a coisa mais importante para mim, musicalmente, e onde eu realmente me sentia mais realizado, a resposta era JUDAS PRIEST. Então não restam dúvidas – mais no caso do 'Resurrection' do que no 'Crucible', porque neste a banda estava caminhando numa outra direção – de que 'Resurrection' tinha um som que era exatamente aquilo que o meu coração me pedia para fazer. É assim, basicamente, que eu analiso esses três momentos diferentes: FIGHT, TWO e HALFORD.
DVD - Rising In The East - Judas Priest
Mesmo com alguns shows antecedendo o lançamento do CD, a turnê de “Angel Of Retribution” foi a celebração da volta de Rob Halford ao Judas Priest. O show gravado neste DVD, no histórico Budokan completamente lotado, é a prova disso. Idêntico ao que passou pelo Brasil, o set list é recheado de clássicos e vai fazer a alegria de qualquer fã do Priest. Impossível não sentir um frio na barriga com “Beyond The Realms Of Death”, “Exciter” ou “A Touch Of Evil”, entre outras.
Bem filmado e editado (nada muito rápido, conseguindo captar perfeitamente a performance da banda no palco), a única falha são as luzes (muito vermelhas) em determinados momentos, atrapalhando a qualidade da imagem. O som disponível em 5.1 e DTS é muito bom, com ótima mixagem e definição.
Se tudo isso não bastasse, os músicos parecem ainda ter energia para muitos e muitos anos. Glenn Tipton (guitarras), K.K. Downing (guitarras), Ian Hill (baixo) e Scott Travis (bateria – bem mais novo que os outros) agitam durante toda apresentação, contagiando o público e até mesmo quem assiste o DVD. Por outro lado, Rob Halford perdeu muito da sua forma física. Como nos shows por nosso país, o vocalista se movimenta muito pouco e parece bastante cansado em algumas músicas. Se ele não anda mais pelo palco como antigamente, sua voz também dá diversos sinais de cansaço, mas Halford não faz feio (principalmente se pensarmos no repertório), mesmo em músicas mais difíceis. O que vale nesse caso, principalmente, é a presença do “metal god” junto com seus companheiros de banda. Já é o suficiente pra qualquer fã ficar feliz.
Do início com a introdução “The Hellion”, até o bis, com a trinca “Hell Bent For Leather”, “Living After Midnight” e “You’ve Got Another Thing Coming”, “Rising In The East” é um marco na carreira do Judas Priest, um documento atual de uma das bandas mais influentes e importantes para a história do Heavy Metal. É o início de uma nova fase, que esperamos que dure por bastante tempo.
Judas Priest:uma Conversa com Rob Halford
O site sueco Metalshrine conduziu uma entrevista com o vocalista do JUDAS PRIEST, Rob Halford, no dia 30 de janeiro de 2007. A seguir, alguns trechos da conversa:
Metalshrine: Estava assistindo no YouTube ao vídeo de “Forgotten Generation” [música nova da banda solo HALFORD] e há muitas imagens pertubadoras envolvendo polícia, violência e coisas do tipo. Qual é a história por trás dessa faixa?
Rob Halford: Sempre pensei sobre coisas do tipo: “como vamos fazer o clipe?” “vamos fazer com a banda tocando?”. Sabe, fundo verde, fundo azul… então pensei: “bem, que tipo de imagens vamos colocar de fundo?” Tentamos várias coisas e achei que basicamente a mensagem da música é a minha crença de que todos possuímos uma voz e que temos a oportunidade de dizer o que queremos e o que fazemos, especialmente em blogs na Internet. Por isso, é uma música bastante agressiva nesse sentido e achei que, bem, por causa do que faço na HALFORD me permite lidar com questões da vida real e questões políticas, se quiser abordar esses assuntos o faço e ainda o farei. Não faço isso no JUDAS PRIEST porque o JUDAS PRIEST possui uma concepção diferente de Metal. Acho que todas essas coisas que acontecem na vida são terríveis, frustrantes e perturbadoras, mas só quis focar nessa área porque nunca havia feito nada desse tipo antes. Quis estimular o pensamento das pessoas mais do que tudo. Pensar tipo: “olha toda essa merda que está acontecendo!” e continua a acontecer. É horrível e terrível e algumas pessoas podem dizer: “vamos Rob, já é o suficiente!”, mas não acho que você pode sempre esconder as coisas por debaixo do tapete. Por isso quis colocar todos esses pequenos clipes juntos e fazer com que você se sente, assista, pense sobre isso e tenha alguma reação. É muito importante ter uma reação! Isso é rock’n’roll – reação! Você pode escutar “Living After Midnight” e fazer uma festa rock’n’roll ou ir um pouco mais profundo e mais objetivo com a verdadeira mensagem.
Metalshrine: A que ponto está a gravação do novo álbum do JUDAS PRIEST, “Nostradamus”? As estruturas das músicas estão prontas, você está trabalhando nas letras agora ou o quê?
Rob Halford: Como toda banda, passamos pela etapa difícil, que é sentar, assim como o Glenn [Tipton], Ken [K.K Downing] e eu fizemos, com guitarras e teclados e dizer, “OK, vamos começar!”, mas “por onde devemos começar?” (risos). Acho que o que tentamos fazer é seguir a linha do tempo de quando ele (Nostradamus) descobriu essas habilidades de profetizar e todas as outras coisas que aconteceram na vida dele. Por isso, esse é o desafio inicial, além de juntarmos demos muito rudimentares e completar em todos os aspectos que quisermos com instrumentos, arranjos e construções e depois vêm a satisfação que é reproduzir aquelas demos totalmente toscas, e torná-las em peças musicais finalizadas. É isso que o pessoal está fazendo na Inglaterra nesse momento, e para onde irei colocar os meus vocais.
Metalshrine: Vocês têm algum título?
Rob Halford: Nomes? Claro que sim, mas não vou te contar (risos), porque todo mundo quer saber. Isso é ótimo, pois todo mundo gosta: “estou curioso para saber sobre o que essa música vai falar, será rápida ou lenta, uma balada?”, eu amo isso. Estava conversando com uma pessoa ontem, um amigo locutor de uma rádio aqui nos EUA, estávamos falando da magia e da mística do que fazemos na música e que vários desses elementos estavam sumindo. Eu disse a ele: “tenho que concordar com você!” e isso é o que sempre tentamos fazer no JUDAS PRIEST, manter todo mundo curioso e pensando, então quando chega a hora é empolgante. É como ter um presente de Natal debaixo da árvore de Natal e saber o que é! Isso não é legal, não é verdade? Você não quer sair correndo feito louco e rasgar o papel para descobrir que é um par de chinelos! (risos) Será um diamante pesado cravado em um bracelete de couro ou algo parecido. Entretanto, acho importante manter um pouco de segredo sobre o que está acontecendo, é a paixão, a paixão que os fãs do JUDAS PRIEST possuem. Estão todos empolgados, tão curiosos que tentam antecipar o que vai acontecer e é uma tentação muito grande (risos) começar a revelar as letras e títulos das faixas, mas não posso fazer isso. Mas é um som incrível e maravilho e acho que os fãs do JUDAS PRIEST mundo afora vão adorar e se divertir muito, principalmente quando o tocarmos ao vivo.
Metalshrine: Vocês estão se produzindo ou estão trabalhando com um produtor?
Rob Halford: Bem, no estágio inicial, basicamente cuidamos de tudo e vamos seguir assim por vários estágios e sentir se precisamos de algum produtor envolvido. Não decidimos nada ainda, porque estamos a um longo caminho da linha de chegada, por assim dizer. Tudo que já fizemos já foi muito co-produzido. Sabemos como é e o que precisamos fazer, em certo momento é bom trazer outro indivíduo com outro ponto de vista objetivo. Isso é o que os bons produtores fazem. Um produtor qualquer irá entrar e falar: “pessoal, isso é bom, mas vocês já pensaram em fazer isso e tentar assim?”, e se for um produtor bom a reação é, “Yeah, isso é legal, nunca pensei assim!” e ele te leva a um ponto que talvez você nunca tenha visto ou pensado a respeito. Mas no momento, estamos cuidando de tudo e quando sentirmos a necessidade de trazer um produtor, faremos isso.
Metalshrine: Então vocês ainda não começaram a pensar na arte para o álbum?
Rob Halford: Sim, tudo isso está se encaminhando e o design do palco também. Todas essas coisas estão acontecendo no ambiente do estúdio.
Metalshrine: O quão envolvido você está nisso?
Rob Halford: Em todos os aspectos. É assim que somos no JUDAS PRIEST, porque no final do dia não queremos ter algo acontecendo e ficar desconfortáveis com isso, porque não falamos, não fomos ouvidos ou não tivemos resposta. Tudo que vem do JUDAS PRIEST, em todos os aspectos, vem de todos da banda e todos concordando que é a coisa certa a fazer.
Metalshrine: Li em algum lugar que vocês estão planejando tocar o álbum na íntegra ao vivo. Existe algo de verdadeiro nisso?
Rob Halford: Sim, vamos fazer isso.
Metalshrine: A mesma coisa que o IRON MAIDEN fez?
Rob Halford: Sim, assim como o IRON MAIDEN fez e acho que será marcante, pois nunca fizemos isso. Meio que colocamos isso no nosso release, enquanto estávamos compondo o álbum e queríamos que as pessoas soubessem quais seriam as nossas intenções e então o IRON MAIDEN fez o mesmo com muito sucesso. Será uma performance do começo ao fim, um show com o palco muito bem elaborado e teatral, algo novo para a gente e para nossos fãs do mundo inteiro.
O Novo disco do Judas Priest pode ser duplo
Em uma entrevista exclusiva com BW&BK na tarde de 17 de fevereiro, o guitarrista do JUDAS PRIEST, K.K. Downing se disponibilizou para conversar sobre o próximo álbum conceitual da banda, que fala sobre a vida e as previsões do profeta Francês do século 16, Nostradamus.
"Eu e o Glenn [Tipton, guitarrista] estivemos no estúdio durante o último mês e meio direto, nivelando e formatando as faixas", revela Downing antes de se dirigir ao pub. "Basicamente estamos trabalhando bastante o alicerce. O Roy Z [guitarrista/produtor; HALFORD, BRUCE DICKINSON] não se envolveu no novo disco ainda. Ele tem realmente estado muito ocupado também com o Rob [Halford - Vocalista] em sua banda solo. Nós teremos que ver o que vai acontecer. O Rob já colocou os vocais em algumas das faixas mas elas estão ainda em uma forma meio bruta. Então ele está refinando as letras para o álbum. Mas o que chama atenção neste disco é que as músicas totalizam uma hora e 39 minutos no momento. Seria então literalmente quase o dobro do que fizemos no anterior. Este conceitual será deste jeito, muito intenso, com profundidade, extenso - e esperamos, um trabalho de mestre."
Ele vai ficar com essa duração?
"Bem, nós esperávamos conseguir colocar tudo em um CD, mas sabendo que um CD comporta apenas 80 minutos, está com cara que teremos um álbum duplo, eu acho".
O material está tomando forma ao ponto de você não poder editá-lo?
"Eu acho que tem uma idéia que nós podemos sacrificar e deixar de fora, mas o restante ficará em torno de uma hora e meia."
Você poderia descrever o material?
"É agressivo e estamos prontos para o que quer que seja. A única coisa que sei é que soa como música", ele ri! "Faixas que soam como música, eu espero - É tudo que posso dizer."
E quantas músicas vocês já tem?
"Eu acho que tem 18, mas existem um monte de 'links' entre as músicas. Existem muitas partes instrumentais, então seria na verdade como um musical completo".
E com relação à orquestração?
"Sim, haverá orquestração. É só eu e o Glenn colocarmos tudo junto. Nós brincamos com umas guitarras Midi nos anos 80 no álbum Turbo [1986]. Agora as coisas evoluíram bastante e nós já temos uns equipamentos bem high-tech. A gravação está muito boa, então podemos colocar as orquestrações juntas nós mesmos. Além disso nós sempre bricávamos com os teclados também. A Godin, a companhia de guitarras de Quebec, eu as tenho usado já tem cerca de um ano e tem funcionado muito bem. Eles são os melhores no mundo se você deseja conversores de Midi em um instrumento. Então podemos na verdade tocar as guitarras deles e passar para uma interface Roland ou Axiom. Isso pode soar diferente de tudo que você conhece. Nós estamos pegando todos esses sons orquestrais realmente pesados e coisas do gênero."
Existem planos de utilizar orquestração de fora ou será tudo feito estritamente pelo Priest?
"Estamos conversando sobre isso. Realmente não sabemos. O que sabemos é que o que estamos reunindo soa muito, muito bem. Obviamente nós queremos nos apresentar e tocar este álbum conceitual na íntegra. Esperamos que esta seja, de certa forma, a primeira ópera metal da história." [Nota: O pessoal do JUDAS PRIEST não deve ter ouvido falar do Avantasia...]. "Estamos conversando sobre como será o palco também. Estamos pensando em fazer um grande show com esta música. Quem sabe ainda o que vai acontecer? Nós vamos lançar o disco e talvez sair em turnê. Talvez tocar algumas músicas do novo disco. Seria bom sair em turnê com este disco, depois de estabelecermos com o público se eles gostam dele ou não".
Você encontrou algum problema com essa imensa empreitada, considerando que você anunciou o projeto em abril (do ano passado)?
"Na verdade, não. Estamos muito confiantes... silenciosamente confiantes. A única questão é com relação ao nível de aceitação, porque todo mundo provavelmente só quer um outro disco do Priest, sacou? De qualquer maneira, todos esses ingredientes estarão no disco."
Está tudo se encaminhando no passo que você esperava?
"Estamos afivelando tudo agora. Todas as músicas estão prontas e formatadas... Nós estamos agora apenas nos preparando para trazer o Rob e poder ouvir as letras que ele fez para esse novo álbum e então juntarmos tudo."
Qual é a sua previsão? Nostradamus será lançado até o Verão (europeu)?
"Sim, definitivamente. Nós poderemos estar de volta à estrada no verão, talvez mais pro fim da estação. Há sempre algum lugar no mundo onde o PRIEST pode se apresentar em turnê, então nós vamos procurar chegar até lá e fazer alguns shows."
Você está ficando com a "febre da cabana"? [Nota: "Cabin Fever" é uma condição na qual as pessoas afetadas desenvolvem irritabilidade e inquietação, devido ao confinamento prolongado].
"Você acaba ficando, você não ficaria? Quando você acaba uma turnê como a que nós fizemos - foram quase 18 meses de turnê. Eu acho que fizemos o Ozzfest e os festivais Europeus antes mesmo de lançarmos nosso último álbum ["Angel of Retribution"]. E então fizemos a turnê dele. É incrível, o tempo vai passando e você só fica pensando em chegar lá e detonar, sacou?"
Nightwish anuncia turnê norte americana
Conforme anunciado no site oficial, seguem as datas da turnê pela América do Norte da banda finlandesa NIGHTWISH, já com a nova vocalista (ainda não anunciada):
Outubro
15 - Springfield, VA at Jaxx
16 - Philadelphia, PA at Trocadero
18 - New York City, NY at Nokia Theater
20 - Worcester, MA at The Palladium
21 - Montreal, QC at The Medley
23 - Toronto, ON at The Docks
24 - Cleveland, OH at Peabodys Down Under
26 - Detroit, MI at Harpos Concert Theater
27 - Chicago, IL at Hoiuse of Blues
28 - Minneapolis, MN at First Avenue
31 - Seattle, WA at The Showbox
Novembro
1 - Portland, OR at Roseland Theater
2 - San Francisco, CA at Slims
4 - West Hollywood, CA at House of Blues
6 - Anaheim, CA at House of Blues
7 - Tempe, AZ at Marquee Theater
8 - Albuquerque, NM at Sunshine Theater
10 - San Antonio, TX at White Rabbit
11 - Dallas, TX at Palladium
12 - Houston, TX at Meridian
14 - Ft Laud, FL at Culture Room
15 - Lake Buena Vista, FL at House of Blues
17 - Atlanta, GA at The Masquerade.
Os finlandeses do NIGHTWISH publicaram a seguinte nota no site oficial: "As audições para a nova vocalista acabaram, após mais de duas mil demos terem sido enviadas (só no último dia 15 de janeiro recebemos 120!). Muito obrigado a todos! Por favor, não enviem mais material, agora precisamos nos concentrar na finalização das gravações do novo álbum."
"A nova vocalista será anunciada em maio, junto ao lançamento do novo single."
Notícia tirada do site oficial: www.nightwish.com
Duff McKagan em documentário sobre Cobain
Duff McKagan, baixista do VELVET REVOLVER e ex-GUNS N' ROSES, foi entrevistado para o próximo documentário da BBC, “The Last 48 Hours of Kurt Cobain” [“As últimas 48 horas de Kurt Cobain”], que estava programado para ir ao ar no domingo, 18 de fevereiro, no canal BBC2.
O jornalista Greg Prato entrevistou recentemente por e-mail o diretor do documentário, John Dower, que também dirigiu um documentário sobre o “britpop”, “Live Forever”, de 2003, e co-dirigiu o documentário sobre futebol “Once in a Lifetime: The Extraordinary Story of the New York Cosmos”, de 2006.
Alguns trechos dessa entrevista:
O [documentário] será mostrado nos EUA e lançado em DVD?
John Dower: “Espero que seja mostrado nos EUA, mas esse tipo de decisão está fora do meu controle”.
Como surgiu a idéia de fazer o documentário? O que você espera conseguir?
John Dower: “Eu nunca vi um documentário sobre Kurt Cobain que não o mostrasse como uma figura santa do Rock ou examinasse alguma teoria lunática sobre supostas conspirações relacionadas à sua morte. Então a idéia foi fazer um filme sobre o que realmente aconteceu nos últimos dias de sua vida, a fim de conseguirmos um retrato mais fiel dele como homem”.
Quem foi entrevistado?
John Dower: “Todos aqueles que você espera ver nesse tipo de filme – antigos amigos, músicos e produtores musicais. Mas também quisemos colocar outros que você não esperaria, como o motorista que o levou ao aeroporto pela última vez e o seu terapeuta na reabilitação contra as drogas, além de outros que cruzaram o seu caminho nos últimos dias de sua vida”.
Em que aspecto este difere dos documentários anteriores sobre Kurt Cobain (como “Kurt and Courtney”) e dos livros (como “Heavier than Heaven”)?
John Dower: “‘Kurt and Courtney’ fala mais da batalha do cineasta com Courtney Love e sobre as teorias sobre conspirações envolvendo sua morte. Na minha opinião, Kurt Cobain se matou e este documentário tenta mostrar por quê. O autor de ‘Heavier than Heaven’, Charles Cross, também participou”.
Alguma história interessante ou novidade que você poderia nos adiantar?
John Dower: “Kurt Cobain foi fã do cantor e ator Bobby Sherman, ídolo dos adolescentes nos anos 60 e 70”.
Para maiores informações sobre “The Last 48 Hours of Kurt Cobain”
Traduzido de: Blabbermouth
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